quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Urgente – Esta garotinha foi seqüestrada


Antes de colocar esta informação no blog, eu confirmei a veracidade do fato.
ESTE PEDIDO FOI FEITO POR UM PAI DESESPERADO.
TENTANDO AJUDAR, COLOQUEI ESTA INFORMAÇÃO NESTE BLOG.
Olá! Meu nome é Jean e sou pai da PIETRA. Esta menina que aparece nas fotos.


Esta garotinha foi sequestrada na Praia do Engenho, litoral norte de São Paulo, ao lado da Barra do Uno.

Podemos fazer duas coisas importantes nesta hora:





1 – Orar para que a garotinha seja encontrada.

2 – Se souber de alguma informação sobre a garotinha, ligar para o disque Denuncia 0800 15 63 15 ou para o DEIC – Divisão anti-sequestro (11)3823-5867 (11)3823-5867 ou 3823-5868

3 – Repassar esta informação e se possível, colocar em seus blogs e sites.
Ajudar o próximo é um dos mandamentos que devemos sempre estar pronto para realizar.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Assista a entrevista com o Prof. Paulo Mattos ao Programa Espaço Aberto - Globo News

No mundo, mais de 330 milhões de pessoas são portadoras do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Quase 5% da população mundial sofre com a dificuldade de se concentrar e se organizar.






terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pela primeira vez – Passei de ano direto!

O pessoal pediu a minha foto. Olha eu aqui.....o que acharam?
Pela primeira vez conquisto um grande troféu do mundo.

Passei de ano direto. Eu quero que isto aconteça de novo no ano que vem.

Este ano eu mudei de escola no meio do ano, fiquei meio com medo, mas essa escola que eu fui - a El-Shaday é manera.

O lugar é pequeno, mas pra mim a escola é mais fácil.


Gostei muito de mudar pra lá.

Mais no ábaco, na outra escola que eu estava tinha uma coordenadora, a Adriana, que me acompanhou o tempo todo. Sinto saudades dela, ela me chamava de filho e eu a a chamava de mãe. Ela foi importante para a minha vida escolar.

Minha coordenadora do coração, eu nunca vou esquecer ela pra sempre.

Obrigado Adriana
Lucas G. Torres

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pedagoga usa xadrez no tratamento de crianças hiperativas

São Paulo - Aos 9 anos de idade, em 2005, Rafael Vinha tinha poucas amizades, notas baixas na escola e não conseguia prestar atenção nas aulas ou em filmes.

Quando foi confirmado o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Rafael iniciou um tratamento que incluía, além de medicamentos, aulas de xadrez.

"O jogo exige concentração e isso ajudou na minha vida", diz Rafael. Caracterizado por desatenção, impulsividade e hiperatividade, o TDAH é um transtorno neurobiológico de origem genética que pode comprometer o convívio familiar e o desempenho escolar.

Rafael Vinha foi o principal responsável pela introdução do xadrez - disciplina obrigatória para os 86 alunos até a 5ª série - na grade curricular do então recém-inaugurado Colégio Diocesano, em Orlândia, região de Ribeirão Preto (SP).

A coordenadora pedagógica Solange Ferreira já ensinava o jogo aos seus dois filhos e, ao saber do distúrbio de Rafael, deu seqüência ao projeto. Como resultado, venceu o prêmio Dica de Mestre, concorrendo com 86 projetos de todo o País durante o Congresso de Neurociência e Educação Aprender Criança.

O projeto premiado - O Jogo de Xadrez e a Criança com TDAH - continua na clínica de Solange, com acompanhamento do neurologista Marco Antônio Arruda, diretor do Instituto Glia, de Ribeirão Preto, empresa que atua na área de neurociências aplicadas à educação.

"A hiperatividade é tratada com medicação, mas não pode ficar só nisso, e o xadrez ajudou nesse caso. Ainda é um trabalho inicial, sem estudo científico, o que pode ocorrer em breve", diz Arruda.

Para que o xadrez não fosse algo maçante, difícil para as crianças iniciantes, Solange criou uma história lúdica relacionando as peças do tabuleiro. Imprimiu 200 cópias do livro Chaturanga (nome antigo do xadrez, com origem na Índia), de sua autoria, onde faz a introdução das regras do jogo em forma de versos de poesias.

"Esse jogo cria uma disciplina, a relação entre as crianças é diferente, mais harmoniosa, e tem o conflito, que ajuda a amadurecê-las, mas não confrontos", conclui a pedagoga. E durante as partidas, concentradas nas estratégias das próximas jogadas das peças no tabuleiro, as crianças ficam quietas.

AE

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

TDAH - UM DEPOIMENTO - Iane Kestelman, Presidente da ABDA

No último Congresso Internacional da ABDA, apresentei durante uma palestra um texto escrito por meu filho para a cadeira de filosofia do curso de economia da PUC-RJ.

O texto, cuja avaliação implicava em nota, foi solicitado a cada aluno pelo professor da cadeira, com o objetivo de conhecer um pouco da trajetória pessoal da turma. Ele, meu filho, recebeu grau dez, fazendo com que todos nós chegássemos às lágrimas, inclusive o próprio professor que acabara de conhecê-lo.

A partir das inúmeras solicitações de cópias que tenho recebido do Brasil inteiro, decidi postar o texto aqui no site. No entanto, na condição de mãe, preciso fazer alguns comentários ligados ao texto que vocês lerão em seguida.

Em primeiro lugar, quero enfatizar que apesar de todas as dificuldades que enfrentamos naquela época, em função da falta de informação sobre TDAH por parte de algumas escolas, médicos, profissionais... talvez o pior obstáculo com o qual nos deparamos tenha sido a arrogância, a prepotência e a insensibilidade daqueles que se diziam educadores, mas que optaram por EXCLUIR covardemente o que desconheciam, O TDAH representado naquele momento pelo meu filho, para não terem que experimentar o desafio e a impotência de encarar as suas próprias limitações ou a ignorância que não ousa se superar pela busca do conhecimento.

Aos “terapeutas” que tanto insistiram na tese de que TDAH não existe, que era uma doença inventada pela Indústria Farmacêutica, que a medicação era absolutamente perigosa e desnecessária, que se tratava de “falta de limites”, culpa minha, complexo de Édipo, blá, blá, blá.... Se por um lado lamento o tempo perdido, por outro, agradeço-os por terem me dado à oportunidade de olhar nos seus olhos e perceber o quanto estavam equivocados, aprisionados no estreito universo daqueles que só admitem uma corrente de saber - a própria.

A escola, em especial aquela que sumariamente reprovou o meu filho por não conseguir “ficar atento e ser muito agitado”, ao coordenador que disse que “o conselho de classe era soberano para punir alunos que não se esforçam”... a todos que um dia tentaram atrapalhar o seu caminho, plagiando o poeta Mario Quintana, digo:Eles passaram, ficaram no passado.Meu filho é que era passarinho, voa com sucesso rumo ao futuro. Finalmente, meu afeto e eterna gratidão ao Prof. Paulo Mattos, grande amigo, por ter mostrado ao meu filho um caminho que ele já acreditava não existir e, ao Colégio A. Liessin pela forma acolhedora com que o recebeu, o que fez toda diferença para que ele pudesse provar que o sucesso era possível.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

DISLEXIA NO FANTÁSTICO - vídeo

Dicas da ABDA para os Pais que tem filhos com Déficit de atenção e Hiperatividade

Estas recomendações foram elaboradas pela ABDA (www.tdah.org.br) com base na experiência de portadores, familiares e profissionai, devendo ser encaradas como “dicas” que não excluem o acompanhamento por profissional especializado.

Dicas para os PaisEducar um filho com TDAH não é tarefa das mais simples.

Paciência, firmeza e disciplina são algumas das características que quem convive com o portador de TDAH precisa ter. Além de seguir com comprometimento o tratamento prescrito pelo médico, há algumas dicas simples que podem tornar a vida dos pais e da criança mais sadia e feliz.

1) O comportamento dos pais não é a causa do TDAH, mas pode agravá-lo. Um lar estruturado, com harmonia e carinho, é importante para qualquer criança, e indispensável para as portadoras de TDAH, que precisam de bastante suporte para superar suas dificuldades.

2) A casa precisa ter regras claras e que sejam seguidas por todos. Os pais atuam como modelos para os filhos, portanto, devem agir como gostariam que ele agisse. Só assim a criança terá parâmetros de comportamento bem definidos e saberá o que é exigido dela.

3) Elogie, elogie, elogie. É sempre melhor dar atenção aos bons comportamentos do que punir sempre que algo indesejável acontece.

Não espere pelo comportamento perfeito, valorize pequenos passos alcançados. Lembre-se que ela está sempre tentando corresponder às expectativas, mas às vezes não consegue.

Crianças portadoras de TDAH tendem a ser muito criticadas, rotuladas de bagunceiras, e desobedientes e podem se sentir frustradas por não conseguir corresponder às expectativas dos adultos. Ofereça atenção e carinho ao seu filho.

4) A dica número 3 não é sinônimo de permissividade. Dar carinho e atenção não significa deixar de educar com firmeza, impondo limites quando necessário. A criança precisa aprender a cumprir regras e o respeito a elas deve ser exigido.

Leia sobre o assunto para entender o que se passa com seu filho e qual a melhor maneira de ajudá-lo. Compreenda as suas limitações, não exija demais dele, e invista em suas potencialidades.

O psiquiatra, o neurologista e o psicólogo especializados em TDAH são sempre a melhor fonte para recomendar livros, textos e sites relacionados.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Qual é o perfil da escola para o TDAH?

Por Alexandre Farias

Não será possível colocar todas as características de uma escola apropriada para o TDAH, mas escolhi algumas que podem ajudar você.
Não será possível colocar todas as características de uma escola apropriada para o TDAH, mas escolhi algumas que podem ajudar você.
Eu sei que muitas vezes é difícil tomar algumas decisões. Quando falamos de filho, as decisões ficam mais difíceis. Mas se a escola ou professores não entende o hiperativo ou a criança com déficit de atenção, O que fazer?

Não é fácil, às vezes ficamos presos pela insegurança em trocar o nosso filho de escola imaginando que ele vai passar pelas mesmas inseguranças, o medo do novo ou de como lidar com um lugar totalmente desconhecido.

Diversas perguntas vêm a nossa mente mas elas estão voltadas somente a uma: Será que eu não vou trocar 6 por meia dúzia ou por algo pior?
Eu sei como é o coração de um pai de um TDAH – eu sou um pai de um TDAH.

A escola muitas vezes não entende os problemas e quer que o nosso filho seja “como ou melhor” que os outros, mas o engraçado é que quando comparamos “um professor com o outro” ou uma “escola com outra” eles não aceitam estas comparações.

Os nossos filhos são comparados, mas os seus professores ou os diretores não admitem comparações. Mas eu penso da seguinte forma – “Eu preciso lutar para o meu filho não perder a vontade de estudar, não perder a vontade de buscar conhecimento e ter prazer em aprender. Eu não vou deixar ninguém tirar esta vontade dele.”

Se a escola tem um papel fundamental para os nossos filhos, precisamos ter critérios para escolher a escola para eles – ainda mais quando ele tem TDAH.

Como escolher a escola para um TDAH?

A escola necessita estar próxima a família: Ela não pode ignorar o TDAH, seus limites e como age, mas deve fornecer um complemento de educação que a criança possa entender a matéria de forma criativa ou diferente de outros alunos.

A escola de hoje quer robotizar as crianças com os sistemas pedagógicos e educacionais que são dados por educadores que não conhecem as limitações do TDAH. Muitas vezes acreditam que a repreensão severa ou mostrar autoridade pela severidade vai resolver os problemas pedagógicos ou do senta e levanta na classe. Não é desta forma.


O conteúdo pode ser igual a todos, mas o modo de passar este conteúdo pode ser diferente ou especializado para as crianças que não tem facilidade de aprender. Isso entra a competência dos coordenadores pedagógicos e professores que estão na frente da classe.


A escola não pode instigar a competitividade e resultados quantitativos
As escolas que enfocam a formação do aluno valorizando suas diferenças individuais e enfatizam o lado humano das relações em um contexto “bio-psico-social” são mais indicadas para portadores de TDAH do que as escolas que priorizam a competitividade e os resultados quantitativos.

O mundo de hoje está influenciando até o modo pedagógico. As escolas querem formar mini gênios, alunos que entrem nas melhores faculdades para servir de garotos (as) propagandas.

Eles imaginam que quanto mais informação e conteúdo, mais o aluno vai estar preparado o para o dia de amanhã. Basta ver as escolas de hoje que trabalham com sistemas prontos como se fosse o MC Donald’s.

Para eles, o sistema pedagógico nunca é particular, mas nacional. O livro “a” ou o sistema de ensino “b” – eles não podem sair do método porque já está proposto pelo ensino do livro “a’ que é desta forma. Mas será que o livro “a” conta com a dificuldade do TDAH ou de outras crianças ou ele é feito para crianças que não possui dificuldade nenhuma?

O problema é que estas escolas não param para pensar que o conhecimento é por tijolo e não placas industriais. Muitos acreditam que o conhecimento deve ser como aqueles prédios que são feitos de um dia para o outro, mas ele deveria ser como aquela casinha que é feita tijolo por tijolo sustentada por uma base segura.

A criança nem aprendeu o conteúdo de forma clara que foi repassado a 2 aulas atrás, mas o professor já está passando uma matéria nova. Qual é o problema?

O problema é que a matéria nova depende de um bom aprendizado da matéria de aulas anteriores, mas se elas dependem uma da outra, como é que a criança vai aprender as matérias que vem a seguir?

O que acontece com os alunos de TDAH nestas escolas?


Eles se fecham porque não conseguem acompanhar a classe. Começa o problema destes alunos, eles se trancam, tem medo de perguntar suas dúvidas para a professora para não ser chamado de “burro” pela classe. Muitos destes alunos começam a diminuir a letra para que na correção da professora, ela não tenha clareza do que está escrito e não corrija os seus erros.
Eles já tem dificuldades para ter a atenção no que esta sendo ensinado, ainda mais quando não são compreendidos.

Ele espera a correção na lousa para copiar e quando os pais olham para o seu caderno – está tudo certo. Mas isso faz com que o diagnóstico familiar demore a procurar uma ajuda profissional. Quando vamos estudar com eles, detectamos que eles não sabem nada, mas tem boas notas. Mas isso é um meio de defesa do TDAH.

O ambiente de competitividade não é um ambiente calmo nem para os profissionais, quanto mais para um aluno com TDAH. Ele precisa de um ambiente agradável e confiante para que suas dúvidas sejam esclarecidas. Se possível, uma classe com um numero reduzido de alunos para que ele possa ter a atenção necessária.

Então, uma escola que se preocupe com o desenvolvimento do aluno e não enfoca algum tipo de desempenho acadêmico, artístico ou esportivo no sistema competitivo deve ser uma boa escola para as crianças com TDAH.

Não que devemos tratar o TDAH como uma criança doente, mas devemos saber qual é o seu limite para que eles cresçam em seu conhecimento.
UMA ESCOLA ABERTA PARA UMA RELAÇÃO MULTIDISCIPLINAR
Deve haver uma abertura para uma relação multidisciplinar – a escola – o médico – a família – o terapeuta – deve ter uma comunicação para troca de informações sobre os aspectos e definições da conduta mais indicada para cada caso.

O professor deve aceitar cada aluno com suas características e limitações, ele deve promover uma motivação em sala de aula para tornar o aprendizado prazeroso. O aluno TDAH precisa de uma motivação e flexibilidade para adaptação do que deve ser aprendido.

Esta modificação e flexibilidade do método da confiança ao TDAH no professor e na escola para que ele vença os obstáculos e tenha um desenvolvimento sem sofrer pressão externa e interna. Ele necessita um porto seguro.

Enfim, a escola necessita trabalhar as dificuldades dentro dos limites de cada um sem sofrer pressões para que tenha desempenho.
Não queira que seu filho seja alguém que ele pode ser.

Não queria que seu filho seja o que você não foi.
Se o seu filho tem TDAH, procure uma ajuda profissional. Não o culpe, mas ajude-o.
Bibliografia
· Distraídos e a 1000 por hora – Guia para familiares, educadores e portadores de TDAH- Autores :Simone da Silva Sena e Orestes Diniz Neto – editora artmed

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Não é fácil estudar e querer brincar.....

E ai pessoal, como é que vocês estão?

To em prova, não é fácil estudar. É chato demais.



As vezes fico irritado porque eu preciso estudar, mas não consigo ficar concentrado estudando por muito tempo. Caramba, os meus amigos brincando lá fora e eu aqui dentro de casa tendo que estudar. E ainda se fosse algo legal, mas decímetro, centímetro, milímetro...onde é que eu vou usar isso na vida?

Imagina você – Eu chego no posto com o meu carro e digo – Coloca ai 20 mil centrimetros cúbicos de gasosa.... é difícil.... E quando eu preciso decorar o uso das colunas dos templos gregos – jônico, dórico e Corintias...pra que isso, meu Deus!

Será que o pessoal que manda a gente estudar isso não poderia fazer umas matérias do dia a dia da gente?

O problema é que eu fico escutando o barulho da bola, quando não é a campainha que toca e um amigo me chama para jogar bola na quadra. Pronto, lá se foi a minha concentração nos estudos, a minha cabeça fica lá fora.... a cabeça da minha mãe fica doendo de tanto eu pedir para brincar.

As vezes eu durmo até tarde só para não estudar. Eu acordo, mas fico quietinho na cama para o meu pai que estuda comigo não me fazer estudar muito. Mas quando chega uma tal hora, ele me chama e não tem como fugir dele.

Mas não é só de momentos difíceis que a gente vive. Eu quero falar de algo muito legal que a minha professora de geografia fez.

Você acredita que eu consegui decorar todos os estudos e capitais brasileiras!

Que é? Ta duvidando?

É verdade, mas não foi estudando como a gente sempre estuda. A minha professora fez uma musica com todos os estados e capitais. Pronto...decorei rapidinho...

Os professores poderiam ensinar assim, pelo menos a gente consegue aprender com criatividade.
Você imaginou aprender matemática com musica!

Seria uma musica para a tabuada do 8, outra para a do 7 – Só falta o Silvio Santos para dizer – Qual é a musica?

Valeu pessoal....

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Vício em internet é mais grave em crianças, aponta estudo

PAUL MARKSda New Scientist

Campos para reabilitação em internet na China e abrigos que mantém longe da conexão ultrarrápida na Coreia do Sul são formas pelas quais os pais optam para libertar seus filhos de uma condição debilitante dos últimos tempos: o vício em internet.

Agora, pesquisadores no Taiwan identificaram um grupo de condições da saúde mental que pode fazer com que uma criança tenha mais chances de ficar viciada na rede --dando a chance aos pais para que façam alguma coisa, antes que seja muito tarde.
Uma equipe liderada pelo psicólogo Chih-Hung Ko, do Hospital Médico Universitário Kaohsiung, em Taiwan, monitorou o uso de internet de 2.300 crianças de 11 anos de idade, durante um período de dois anos. A cada seis meses, as crianças preenchiam formulários detalhando o tempo que elas passaram on-line.

A obsessão doentia pela internet foi encontrada em 11% dos pesquisados, segundo reportou a equipe na revista "Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine".

Alerta precoce

Em ambos os sexos, eles constataram depressão, transtorno de hiperatividade e deficit de atenção, fobia social ou sentimentos de hostilidade, que foram mais predominantes em crianças que desenvolveriam vício em internet do que em adolescentes.

Nas meninas, a fobia social e depressão foram significantemente mais fortes. "Isso significa que diferenças de sexo devem ser levadas em consideração, no que se refere à elaboração de estratégias de prevenção e intervenção para a dependência de internet", afirma Ko.

No entanto, os autores reconhecem que há discordância quanto à prevalência de dependência em internet, citando estudos contraditórios que sugerem um universo entre 1,4% e 18% --apenas relativo à população adolescente.

Os editores da revista afirmam que vale a pena ficar atento. "A intenção em levantar esta preocupação não é ser alarmista, mas sim indicar aos pediatras para aquilo que deve vir a ser um grande problema de saúde pública."

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Dicas de Livros sobre TDAH


Alguns leitores deste blog estão pedindo indicações de livros sobre HIPERATIVIDADE OU TDAH. Então, ai vai:

No Mundo da Lua: Perguntas e respostas sobre Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos, cujos direitos foram cedidos à ABDA pelo autor.Mattos, Paulo. São Paulo, Lemos Editorial, 2001.





TDA/TDAH - Sintomas, Diagnósticos, e Tratamentos: Crianças e Adultos

Phelan, Thomas W.2005 – M.Books do Brasil Editora
Sabe aquela criança que não pára um minuto e deixa pais, irmãos e professores loucos?

Ela pode ser vítima de um transtorno que atinge cerca de 5% das crianças. E o melhor: o problema pode ser contornado.


É uma obra que tem como foco principal o contexto educacional para a inclusão de alunos com TDAH.

Trata-se de um transtorno que causa um grande impacto na vida da criança ou do adolescente e das pessoas com as quais convive. É de suma importância que o diagnóstico seja definido o quanto antes evitando-se assim um comprometimento ainda maior da criança. Afinal é muito comum apresentarem dificuldades emocionais, de relacionamento familiar e social além de um baixo rendimento escolar.


O professor tem papel fundamental no processo de aprendizagem de crianças e adolescentes com TDAH. Afinal muitas crianças são rotuladas injustamente com esse diagnóstico pelos professores. Porém, muitos desconhecem a condição do TDAH e como lidar com estes alunos em sala de aula.


Diante da prevalência de 3% a 6% desta síndrome, sendo na sua maioria crianças em idade escolar, não se trata, portanto, de algo tão incomum assim. Neste caso, não podemos negar que muitas escolas irão se deparar com estes alunos. Então, como adequar a classe regular para os mesmos?

Em virtude desta problemática, este livro aborda diversas estratégias para serem utilizadas em sala de aula e também para pais e familiares destas crianças a lidar melhor com esta síndrome.

Inclusive descrevemos a relação teoria X prática, em que uma das autoras conta toda sua experiência como educadora de um aluno com diagnóstico de TDAH, a qual, menciona passo a passo suas intervenções, dúvidas e êxitos. Portanto, este livro contém informações relevantes e esclarece que é possível diminuir o fracasso e a evasão escolar, no que diz respeito a estes alunos.

Também é uma forma de atrair a outros profissionais da área da educação a realizarem mais trabalhos científicos tendo como eixo norteador às implicações atreladas aos portadores de TDAH no contexto educacional.


"Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade: O que é? Como ajudar?"
É um excelente recurso para o esclarecimento e a orientação sobre essa problemática tão freqüente e perturbadora para a vida das crianças e dos adolescentes afetados pelo que popularmente se chama de "bicho carpinteiro".
Sua leitura acessível e agradável fornece aos jovens, seus pais e familiares, bem como aos professores e profissionais da área de saúde mental que os acompanham, os conceitos essenciais e mais atualizados sobre TDAH.
Este livro está dividido em duas partes complementares, mas independentes.
A primeira traz interessante história de um garoto com TDAH, a qual exemplifica, de forma envolvente e lúdica, questões relativas a esse quadro clínico. Essa via é extremamente rica para fornecer aos jovens leitores conhecimentos suficiente para dar sentido às suas vivências desestruturadas, bem como incentivá-los a aderir ao tratamento indicado.
A segunda parte do livro apresenta a descrição precisa do TDAH e seu tratamento. Este é um livro que é fácil de entender o TDAH pela história que ela traz com ilustrações explicativas.
Obs: Este blog tem o objetivo de levar até o leitor indicações de livros que possam esclarecer mais o assunto - Os livros citados aqui podem ser achados nas livrarias.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Onde encontrar atendimento para tratar o TDAH

Alguns pais têm pedido algumas informações sobre atendimento gratuito e também como podem conseguir remédios gratuitos.

Quero deixar claro que este blog não orienta sobre medicação e nem é habilitado a dar qualquer prescrição médica para portadores de TDAH, o que fazemos é colocar artigos que falem sobre o TDAH e os seus tratamentos - Nunca medique sem prescrição médica, procure sempre a orientação de um profissional da área.

Indicamos a ABDA
A ABDA tem centros especializados no atendimento a portadores de TDAHI, realizando também pesquisas e treinamento

Quero colocar os endereços onde os pais podem procurar atendimento :

São Paulo

PRODATH - Projeto de Déficit de Atenção e Hiperatividade (adultos)Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 785 - ambulatório térreo - HC - USPCerqueira César - SP

CEP: 05403-010

MARCAÇÃO DE CONSULTAS – (11) 3069-6971

Horário de atendimento: 09:00 às 16:00h

Coordenador: Dr. Mário Louzã Neto


ADHDA - Ambulatório para Distúrbios Hiperativos e Déficit de Atenção (crianças e adolescentes)Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência - HC - USP

Av. Dr. Ovídio Pires de Campo, s/n - CEP 05403-010

Telefone : (11) 3069-6509 ou 3069-6508

Coordenador: Dr. Ênio Roberto de Andrade



Rio de Janeiro

PAM – MATOSO (crianças e adolescentes)
Rua do Matoso, 96 - Pça da BandeiraRio de Janeiro - RJ
Tel: (21) 2273.0899 (maiores informações com a As. Social Luciana, 5ª de manhã)

Coordenadora: Dra. Katia Beatriz Correa e Silva


• CIPIA

Rua Sebastião Lacerda 70 - Laranjeiras Rio de Janeiro,

Tel: (21) 2285-6351

Coordenadora: Dra. Maria Antonia Serra Pinheiro


• GEDA - Grupo de Estudos de Déficit de Atenção

Instituto de Psiquiatria - Universidade Federal do Rio de Janeiro
O GEDA é um centro de pesquisa, não é um ambulatório de atendimento regular a pacientes com TDAH.

Assim, como em outras áreas da Medicina, são utilizados protocolos de pesquisa previamente aprovados pelo Comitê de Ética que determinam quais pacientes podem ser incluídos nas pesquisas.

Av. Venceslau Brás 71 – Campus da UFRJ (Ao lado do hospital Pinel)Ambulatório do IPUB - CIPE NOVO – sala 5 Rio de Janeiro - RJCEP 22.290-140Tels: (21) 2543-6970Coordenador GEDA: Professor Paulo Mattos


• Santa Casa de Misericórdia (Crianças-adolescentes)

Rua Santa Luzia 206 - CentroRio de Janeiro - RJ

Tel: 21 2221 4896

Coordenador Santa Casa: Dr. Fábio Barbirato



Paraíba

Serviço de Psiquiatria Infantil (crianças e adolescentes)

Hospital Universitário de João Pessoa, 6º andar

Telefone: (83) 216-7201

Coordenador: Dr. Genário Barbosa




Porto Alegre

PRODAH - Programa de Déficit de Atenção/HiperatividadeServiço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência Hospital de Clínicas de Porto Alegre - UFRGS

Rua Ramiro Barcelos 2350

Porto Alegre - RS

CEP 90035-003www.ufrgs.br/prodah

Tel: 51-2101-8094

Coordenador: Dr. Luiz Rohde


Ribeirão Preto

GEAPHI-Grupo de Estudos Avançados e Pesquisa em Hipercinesia (crianças e adolescentes até 13 anos)Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Serviço de Psiquiatria da Infância - campus - Balcão 4 (rosa)

Coordenador: Dr. José Hércules Golfetto

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Pela primeira vez não fiquei de recuperação!


Pessoal, vocês não acreditam...pela primeira vez eu não fiquei de recuperação.
Eu pulei de alegria, olha que é a primeira vez que eu também não fiz provas na sala da cordenadora. Eu fiz a prova com a classe, junto com todo mundo.
Vocês sabem, quem tem TDAH - caiu uma caneta no chão, lá vai a atenção.... caramba, até combinou..rsrsr
Bom, mas a minha alegria e ter feito as provas sozinho e conseguir nota - e olha que as notas estão ótimas.
Se você também tem TDAH ou tem outro problema - não desista...tenta que vai dar certo.
Valeu pessoal .
O pessoal está perguntando o meu nome, meu nome é Lucas.
Na próxima vez, eu acho que vou colocar a minha foto.
Valeu - agora eu fuiiiiiiiiiii.....................

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Centro de atenção à saúde do adolescente comemora 11 anos

Cecília de Castro

As reclamações das professoras da escola eram constantes. As frases mais ouvidas por Raquel Siqueira de Araújo, 43 anos, eram "sua filha não termina os exercícios", "ela não copia as tarefas", "é desatenta e esquecida", além do baixo desempenho nas avaliações escolares.

Mesmo resistente em admitir que a filha era uma criança especial, Raquel resolveu procurar ajuda. Foram anos de luta que incluiram idas ao neurologista e mudança de escola.
Luanna Siqueira de Araújo, 17 anos, foi diagnosticada com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) quando cursava a 5ª série do Ensino Fundamental. Veterana – como ela gosta de se definir – do Centro de Referência, Pesquisa, Capacitação e Atenção ao Adolescente em Família (Adolescentro), que nesta sexta-feira (18/9) completa 11 anos, a menina conta que derramou muitas lágrimas até apreender a lidar com a diferença.
"A bomba estourou quando Luanna chegou da escola chorando. Me lembro como se fosse hoje. Ela escorregou atrás do sofá olhando para mim e disse: 'Mãe, me ajuda'", emociona-se Raquel.

Na mesma semana, ela procurou a direção da escola em busca de ajuda, mas se decepcionou: "O diretor foi bem claro. Ele disse: 'Tenho 500 alunos e não tenho como tratá-la diferente. Ou ela se enquadra ou...", lembra a mãe.

Raquel cogitou tirá-la da escola e ensiná-la em casa. "Foi quando deixei de acreditar na educação."

Desapontada, Raquel matriculou a filha em uma escola particular, perto de casa, e a levou a um neurologista.

"O tratamento se resumia a consultas e idas à farmácia. Foi quando uma colega do meu trabalho falou do Adolescentro", conta.

A menina chegou ao centro em abril de 2006. "Não acreditava que minha filha poderia ser uma adolescente saudável. No Adolescentro, consegui separar minha filha e o problema dela".

Em lágrimas, Luanna recorda o primeiro dia de tratamento. "Fui acolhida por sete médicos. Um deles me disse: 'Você não nadou até aqui para morrer afogada, né?'", conta.

sábado, 26 de setembro de 2009

Educação ultrapassada

Ensinamentos de MÃE DE ANTIGAMENTE: Pra lembrar e rir!

Coisas que nossas mães diziam e faziam...Uma forma que hoje é condenada pelos educadores e psicólogos, mas funcionou com a gente.

Talvez senão tivessem mudado tanto, nosso mundo estaria melhor...

Minha mãe ensinou a VALORIZAR O SORRISO...
'ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!'

Minha mãe me ensinou a RETIDÃO.'
EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!'

Minha mãe me ensinou a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS..'SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!'

Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA..-.
'PORQUE EU DIGO QUE É ASSI€M! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?'

Minha mãe me ensinou o que é MOTIVAÇÃO...
'CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA VC CHORAR!'

Minha mãe me ensinou a CONTRADIÇÃO...
' FECHA A BOCA E COME!'

Minha Mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO....
'ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!'

Minha Mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA...
'CALMA!... QUANDO CHEGARMOS EM CASA VOCÊ VAI VER SÓ...'

Minha Mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS...
'OLHE PARA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!'

Minha Mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO...
'SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!

'Minha Mãe me ensinou MEDICINA...
'PÁRA DE FICAR VESGO MENINO! PODE BATER UM VENTO E VOCÊ VAI FICAR ASSIM PARA SEMPRE.

'Minha Mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL...
'SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!'

Minha Mãe me ensinou sobre GENÉTICA...
'VOCÊ É IGUALZINHO AO SEU PAI!'

Minha Mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES...
'TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?'

Minha Mãe me ensinou sobre a SABEDORIA DE IDADE...
'QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER.'

Minha Mãe me ensinou sobre JUSTIÇA...
'UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO QUE ELES FAÇAM PRA VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!'

Minha mãe me ensinou RELIGIÃO...
'MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!'

Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ...
'SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!'

Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO.-..
'OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!'

Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO..-.
'VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!'

Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO... '
EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!'

Minha mãe me ensinou a ESCUTAR ...
'SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!'

Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS.. .
'SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!...'

Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA...
'AJUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS!! PEGA UM POR UM!!'

Minha mãe me ensinou os NÚMEROS...
VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA!'


Brigadão Mãe !!!HOJE SOU UMA PESSOA BEM MELHOR , MAIS EDUCADA E HUMANA QUE ESSA NOVA GERAÇÃO...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Caramba, eu não consigo acompanhar a classe!

E ai. Tudo bem?



Comigo não. Eu vou escrever para vocês de vez em quando, mas desculpe os erros. Mas este é o meu diário. Eu queria falar com vocês que eu não consigo acompanhar a minha classe.


Eu não consigo


É difícil, mas eu bem que tento... o pessoal acha que eu não presto atenção na explicação do professor, mas é só um lápis cair no chão que eu me distraio. Pronto, a explicação foi pro brejo. Ainda mais se for de matemática!

Outro problema é pedir para o professor explicar de novo, o pessoal da classe quer me matar e ai começa a me chamar de burro, Zé orelha, o cara que fica sempre de recuperação.

Eles já entenderam, mas eu não! Então fico quieto e faço de conta que entendi. Eu não faço o exercício porque não consigo, eu enrolo até o professor passar a correção na lousa. Pelo menos eu não pago mico.

O mais difícil é na hora da prova – Eu recebo aquela prova de 3 páginas, mas só tenho 1 hora para fazer!

E os enunciados! Loucura, loucura, loucura.

Eles têm 4 linhas, quando eu estou quase no final, eu já esqueci o que eu li no inicio... E ai, eu escolho o que vou fazer sem ao menos saber o que fazer. Alguns eu consigo fazer com muito custo, mas não é suficiente para tirar uma nota boa.

Depois, quando o professor corrigiu as provas e entrega as notas e ele fala que alguns foram mal na prova; eu já abaixo a cabeça porque eu já sei que entre estes “alguns”, eu estou no meio.
E lá em casa!

A minha mãe pensa que eu é que sou vagabundo e não estudo.... da para alguém contar para ela que eu não consigo aprender como os outros !
Ela não quer entender que eu não consigo acompanhar a classe!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

ABDA INAUGURA UM NOVO NÚCLEO EM SÃO PAULO

No último dia 20 de junho de 2009, numa reunião no hotel Blue Tree, a ABDA e um grupo de voluntários iniciou um novo núcleo em São Paulo.

A partir do próximo mês, as atividades gratuitas através de grupos de apoio e suporte para portadores acontecerão mensalmente, sob a coordenação da nossa presidente, psicóloga Iane Kestelman, que estará em São Paulo para realizar a mediação e coordenação dos grupos.

Por deliberação do grupo na ultima reunião, foram agendadas as seguinte datas para as primeiras atividades da ABDA São Paulo; no dia 18 de julho haverá um grupo de apoio e, no dia 24 de outubro, um Simpósio Sobre TDAH para 600 Profissionais de Educação.

O local e o horário serão divulgados em breve. Aqueles que desejarem maiores informações sobre o Núcleo São Paulo da ABDA, favor enviar e-mail para o endereço eletrônico abdasp@tdah.org.br.

sábado, 1 de agosto de 2009

ATENÇÃO PROFESSOR - AULAS E PALESTRAS SOBRE TDHA

O TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade tem sido motivo de amplas discussões, gerando polêmica sobre sua real existência, freqüência, diagnóstico e tratamento. Sabe-se que o TDAH é o distúrbio neurocomportamental mais comum na infância e adolescência e que merece atenção especial de pais e educadores.

É importante que o TDAH seja considerado e diagnosticado adequadamente, e os pais e educadores tem papel fundamental até chegar ao diagnóstico pelos especialistas.

Neste site, através de uma discussão on-line, pretende-se oferecer um conteúdo embasado em ciência, através de evidências clínicas e artigos publicados, conduzido por médicos e psicólogos especialistas no assunto.

Você que é educador precisa conhecer este site, você é nosso convidado para participar dos WebMeetings ao vivo e construir o conhecimento sobre o TDAH conduzido pelos especialistas.

A Faculdade de Medicina do ABC agradece sua participação.
Boa aula.

ACESSE - http://www.atencaoprofessor.com.br/index.asp

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Dislexia

Definir dislexia talvez seja uma das tarefas mais controversas da área. Na literatura há uma gama de nomenclaturas e classificações propostas, isso dificulta a formação de uma linguagem única e padronizada, levando a uma falta de entendimento entre os profissionais.

Entre as definições de dislexia do desenvolvimento temos a proposta pelo DSM-IV (2002), na qual o transtorno de leitura (dislexia) "consiste em rendimento em leitura substancialmente inferior ao esperado para a idade cronológica, inteligência e escolaridade do indivíduo". Outros autores, entre eles Ellis, 1995; Pinheiro, 1994; Nunes, 1992; Condemarin e Blomquist, 1989, Massi e Silva 2001, definem a dislexia do desenvolvimento como "sendo é uma desordem na aprendizagem da leitura com competência, que acomete crianças com inteligência dentro dos padrões de normalidade, sem deficiências sensoriais, isentas de comprometimento emocional significativo e com oportunidades educacionais adequadas".


Para compreendermos melhor a dislexia temos que diferenciar os dois tipos existentes, a dislexia de desenvolvimento e a dislexia adquirida. A dislexia do desenvolvimento também chamada de primária ou específica é aquela na qual a inabilidade na aquisição completa da competência de leitura é de origem constitucional. Já a dislexia adquirida ou sintomática ocorre quando as habilidades de leitura já desenvolvidas são perdidas devido a uma lesão cerebral (Spreen, Risser e Edgel, 1995; Pinheiro, 1995, Salles, Parente e Machado 2004).

As dislexias adquiridas podem ser subdivididas, segundo Pinheiro 1994 e Morais 1996 em dislexias periféricas e centrais. Na dislexia periférica a lesão localiza-se no sistema de análise visual, dificultando a percepção das letras. Na dislexia central, além do comprometimento do sistema de análise visual, há também alteração em parte de uma das rotas, fonológica ou lexical ou em ambas.

Já as dislexias do desenvolvimento têm inúmeras formas de classificação. Neste artigo utilizaremos o modelo de Dupla Rota proposta por Ellis, 1995, por ter sido extraído de vários outros nas áreas de consenso. A partir deste modelo podemos classificar as dislexias do desenvolvimento em: Dislexia fonológica ou sublexical, Dislexia lexical ou de superfície e Dislexia Mista.


Na dislexia fonológica freqüentemente ocorrem problemas no conversor grafema-fomena e/ou em vincular os sons parciais em uma palavra completa (França e Moojen, 2006). A rota lexical nestes casos apresenta aceitável funcionamento. As dificuldades encontram-se na leitura de palavras de baixa incidência, sílabas desconexas e pseudopalavras. As palavras familiares são lidas com razoável desempenho.


Na dislexia lexical, há uma dificuldade em operar utilizando-se a via lexical. Nestes casos a rota fonológica está relativamente preservada. As dificuldades residem na leitura de palavras irregulares, a leitura é lenta, vacilante, silabada devido à necessidade de operar pela via fonológica.

Na dislexia mista os problemas estão focalizados em ambas as vias, fonológica e lexical. Estes quadros, em geral, são mais graves e necessitam de maior empenho para atenuar as alterações.

Laura Niquini de Faria Fonoaudióloga do Hospital de Olhos - CRF. 6143/MG

Fonte: http://www.dislexiadeleitura.com.br/artigos.php?codigo=38

Mentes inquietas - por Andréia Lédio

Taxados de impulsivos, desatentos e agitados, portadores de TDAH sofrem preconceito
"Minha filha vivia no mundo-da-lua, era pouco sociável e tímida. Eu sempre recebia bilhetinhos de advertência sobre seu comportamento disperso na sala de aula. Mas quando a psicóloga fez o primeiro laudo de Taís e diagnosticou que ela tinha TDAH, meu mundo desabou!"
A mãe Viviane Gajardo relembra o momento em que descobriu que sua caçula, de 11 anos, não era somente uma garota distraída e desatenta, mas portadora do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade [TDAH].
"Chorei muito, pois me sentia culpada por não ter percebido o problema antes e poupado minha filha de tantas frustrações e preconceito."
Assim como Viviane, grande parte da população desconhece que o TDAH é o transtorno neurobiológico mais comum na idade escolar. Estima-se que de 3% a 6% das crianças e adolescentes apresentam o distúrbio.
A fonoaudióloga Fernanda Vilanova Almeida afirma que, geralmente, essas crianças e jovens apresentam algum tipo de dificuldade na escola, como a de começar e terminar uma simples tarefa.
De acordo com a psiquiatra Lídia Straus, a inexistência de exames laboratoriais dificulta a identificação precoce do transtorno.
"O único instrumento para diagnosticar o TDAH é a observação. Alguns indícios começam bem cedo: já no primeiro ano de vida podemos identificar bebês que não conseguem estabelecer um ritmo de mamada, que se irritam facilmente e dormem muito pouco", explica a médica, que informa, ainda, que o diagnóstico é feito a partir dos cinco anos - quando a criança atinge certa sociabilidade e também está na idade escolar. "
Para o TDAH ser diagnosticado, os sintomas devem aparecer em mais de um ambiente: em casa, na escola, no clube, em casa de amigos..."

"Às vezes o aluno com TDAH não tem paciência ou se distrai e não responde à questão da prova. Mas se o teste for oral, ele se sairá muito bem", exemplifica a fonoaudióloga Fernanda Almeida.
Entretanto, a especialista alerta para o cuidado em confundir o TDAH com má-educação e falta de limites.
"Muitas vezes chegam casos de crianças que não têm TDAH, mas a ausência da figura dos pais, da autoridade, de limites e respeito. Portanto, é preciso que familiares e educadores fiquem atentos para que possam fazer essa diferenciação."
Na idade adulta
Durante muitos anos, pensou-se que o TDAH era uma síndrome exclusiva da infância. Porém, com o aprofundamento das pesquisas, os cientistas concluíram que o quadro neurobiológico é genético e seu curso é crônico.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o psiquiatra Paulo Mattos, cerca de 70% das crianças portadoras continuam a apresentar os sintomas do transtorno quando crescem.

Há menos de um ano, o mineiro Leonardo Rocha Pena se descobriu portador de TDAH.
"Procurei um psicólogo, pois estava muito deprimido, com problemas conjugais e me surpreendi com o comentário do profissional ao falar que eu era um TDAH em potencial."
Apesar da surpresa desagradável, o contabilista de 33 anos afirma que se sentiu aliviado com a notícia. "Por saber que durante toda a minha vida fui tratado como um problema e, de repente, descobri que, em boa parte, as coisas aconteceram devido a um transtorno. Eu sempre fui diferente, mas agora estava encontrando o meu lugar."
A pedagoga e pesquisadora do Centro de Neuropedatria do Hospital das Clínicas de Curitiba Maria Cristina Bromberg, afirma que quanto mais tarde o problema é diagnosticado, maiores os prejuízos sociais, educacionais e psicológicos, pois o adulto não diagnosticado na infância cresce sem ter consciência da causa do seu comportamento e sem a possibilidade de criar ajustes na sua maneira individual de ser.
Intervenção Multidisciplinar
Para o psiquiatra João Artur Winkelman, após diagnosticado o TDAH, o medicamento deve ser necessariamente prescrito. "O remédio abrevia o sofrimento e melhora a qualidade de vida", garante.

Além da abordagem farmacológica, o tratamento do TDAH envolve ainda o acompanhamento psicoterápico e psicossocial. Essa combinação de tratamento, que engloba profissionais das área médica, de saúde mental e emocional, é denominada de intervenção multidisciplinar.
Leonardo Pena enfatiza que informações sobre o transtorno, dados de como interfere no comportamento e das possibilidades de melhora são essenciais para a evolução do quadro.
"O tratamento em si é um auxílio enorme, mas não podemos acreditar que apenas ele resolve o problema. O que acredito ser primordial para a melhora do quadro de TDAH é a pessoa aceitar o transtorno."
Fonte: Revista Paradoxo.com

sexta-feira, 26 de junho de 2009

TDAH- Sintomas em adultos

A existência da forma adulta do TDAH foi oficialmente reconhecida apenas em 1980 pela Associação Psiquiátrica Americana. E, desde então inúmeros estudos têm demonstrado a presença do TDAH em adultos.

Passou-se muito tempo até que ela fosse amplamente divulgada no meio médico e ainda hoje, observa-se que este diagnóstico é apenas raramente realizado, persistindo o estereótipo equivocado de TDAH: um transtorno acometendo meninos hiperativos que têm mau desempenho escolar.

Muitos médicos desconhecem a existência do TDAH em adultos e quando são procurados por estes pacientes, tendem a tratá-los como se tivessem outros problemas (de personalidade, por exemplo).

Quando existe realmente um outro problema associado (depressão, ansiedade ou drogas), o médico só diagnostica este último e “deixa passar” o TDAH.Atualmente acredita-se que em torno de 60% das crianças com TDAH ingressarão na vida adulta com alguns dos sintomas (tanto de desatenção quanto de hiperatividade-impulsividade) porém em menor número do que apresentavam quando eram crianças ou adolescentes.

Para se fazer o diagnóstico de TDAH em adultos é obrigatório demonstrar que o transtorno esteve presente desde criança. Isto pode ser difícil em algumas situações, porque o indivíduo pode não se lembrar de sua infância e também os pais podem ser falecidos ou estar bastante idosos para relatar ao médico. Mas em geral o indivíduo lembra de um apelido (tal como “bicho carpinteiro”, etc.) que denuncia os sintomas de hiperatividade-impulsividade e lembra de ser muito “avoado”, com queixas freqüentes de professores e pais.

Os adultos com TDAH costumam ter dificuldade de organizar e planejar suas atividades do dia a dia. Por exemplo, pode ser difícil para uma pessoa com TDAH determinar o que é mais importante dentre muitas coisas que tem para fazer, escolher o que vai fazer primeiro e o que pode deixar para depois.

Em conseqüência disso, quem TDAH fica muito “estressado” quando se vê sobrecarregado (e é muito comum que se sobrecarregue com freqüência, uma vez que assume vários compromissos diferentes), pois não sabe por onde começar e tem medo de não conseguir dar conta de tudo.

Os indivíduos com TDAH acabam deixando trabalhos pela metade, interrompem no meio o que estão fazendo e começam outra coisa, só voltando ao trabalho anterior bem mais tarde do que o pretendido ou então se esquecendo dele.

O portador de TDAH fica com dificuldade para realizar sozinho suas tarefas, principalmente quando são muitas, e o tempo todo precisa ser lembrado pelos outros sobre o que tem para fazer.

Isso tudo pode causar problemas na faculdade, no trabalho ou nos relacionamentos com outras pessoas. A persistência nas tarefas também pode ser difícil para o portador de TDAH, que freqüentemente “deixa as coisas pela metade”.

FONTE : ABDA - http://www.tdah.org.br/quadro01.php

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Congresso Internacional da ABDA

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Maiores Informações no link abaixo

Associação Brasileira do Déficit de Atenção - Carta Aberta ao Jornal Nacional do dia 18 de junho de 2009


A reportagem veiculada no Jornal Nacional, da TV Globo, representou mais uma dentre as várias matérias recentes cujo conteúdo apresenta uma percepção incorreta do Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH)

1) A ausência de pesquisadores por si só é bastante sugestiva. São entrevistados profissionais que emitem opiniões próprias, como se elas fossem representativas de sua categoria. Ao contrário do que disse um dos entrevistados, existe consenso entre médicos neurologistas, neuropediatras, pediatras e psiquiatras que o TDAH frequentemente exige tratamento medicamentoso. A opinião pessoal de um profissional, quando oposta aos demais de sua categoria profissional, aos consensos publicados na literatura científica e aos achados de pesquisa não apenas é irrelevante como potencialmente danosa. Com o advento da moderna medicina, o que um profissional “acha” sobre determinada doença ou seu tratamento não é mais relevante: é necessário consultar os resultados de pesquisas científicas realizadas por diferentes estudiosos, em diversos países, inclusive por grupos que competem entre si. O nome disto é medicina baseada em evidência e é improvável que jornalistas não conheçam isto.

2) Só há uma forma de se “averiguar” se determinada concepção é correta ou não: através de pesquisa científica publicada em revistas especializadas. Os estudos são revisados por pareceristas anônimos, também pesquisadores. Mesmo após passar pelo seu crivo os resultados, por terem sido apresentados em detalhes, podem ser criticados, novamente analisados e mesmo reproduzidos (ou não) por outros. Por outro lado, como seria possível “averiguar” a “opinião pessoal” de alguém? Será que os jornalistas realmente crêem que “achismo” é relevante?

3) Seria oportuno que os jornalistas indicassem os critérios de seleção dos entrevistados. Mas como tais critérios são obscuros, só resta ao expectador consultar se algum dos entrevistados alguma vez na vida sequer pesquisou ou publicou um artigo cientifico sobre TDAH: basta consultar o site http://lattes.cnpq.br/.

4) Por que não entrevistam associação de portadores, como a ABDA? Não são justamente os portadores e seus familiares os maiores interessados neste assunto?

5) Entrevistar um único indivíduo que sofreu efeitos colaterais de qualquer medicamento que seja é, na melhor das hipóteses, sinal de ignorância. Na pior delas, sinal de má fé. Os brasileiros perderam um grande nome da música popular por conta de uma anestesia. Isto significa que devemos abolir as anestesias? Um dos medicamentos mais utilizados para dor e febre, vendido sem receita médica e de uso infantil, é o acetaminofen, que muito raramente pode levar a graves complicações hepáticas (no fígado), inclusive fatais. Isto não significa que o medicamento deva ser proibido. Será que ensinam matemática nos cursos de jornalismo? Mais ainda, não sabemos sequer se a criança da reportagem de fato tinha TDAH, se foi diagnosticada por especialista e recebeu prescrição de modo correto.

6) Por último, enfatizamos que existem inúmeros estudos científicos demonstrando que o TDAH, quando não tratado, se associa a várias complicações: uso de drogas, mais fracasso escolar e mais repetência, maiores índices de desemprego, maior freqüência de depressão e ansiedade, mais acidentes automobilísticos e maiores índices de divórcio.

Matérias jornalísticas têm elevado impacto na população, de modo geral. Quando seu conteúdo apresenta inverdades ou promove o medo injustificado ao tratamento de uma doença séria, faz grave desserviço ao país. Mais ainda, quando sob uma falsa maquiagem de imparcialidade apresenta visões opostas providenciando, entretanto que uma delas tenha destaque ou enorme apelo, mesmo se sabendo infundada, infringe o mais básico dos preceitos do jornalismo.

Fonte: http://www.tdah.org.br/cartaaojn.php

domingo, 7 de junho de 2009

TDAH - Sintomas em crianças e adolescentes


As crianças com TDAH, em especial os meninos, são agitadas ou inquietas. Freqüentemente têm apelido de "bicho carpinteiro" ou coisa parecida. Na idade pré-escolar, estas crianças mostram-se agitadas, movendo-se sem parar pelo ambiente, mexendo em vários objetos como se estivessem “ligadas” por um motor. Mexem pés e mãos, não param quietas na cadeira, falam muito e constantemente pedem para sair de sala ou da mesa de jantar.

Elas têm dificuldades para manter atenção em atividades muito longas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes. Elas são facilmente distraídas por estímulos do ambiente externo, mas também se distraem com pensamentos "internos", isto é, vivem "voando". Nas provas, são visíveis os erros por distração (erram sinais, vírgulas, acentos, etc.).

Como a atenção é imprescindível para o bom funcionamento da memória, elas em geral são tidas como "esquecidas": esquecem recados ou material escolar, aquilo que estudaram na véspera da prova, etc. (o "esquecimento" é uma das principais queixas dos pais).

Quando elas se dedicam a fazer algo estimulante ou do seu interesse, conseguem permanecer mais tranqüilas. Isto ocorre porque os centros de prazer no cérebro são ativados e conseguem dar um "reforço" no centro da atenção que é ligado a ele, passando a funcionar em níveis normais. O fato de uma criança conseguir ficar concentrada em alguma atividade não exclui o diagnóstico de TDAH. É claro que não fazemos coisas interessantes ou estimulantes desde a hora que acordamos até a hora em que vamos dormir: os portadores de TDAH vão ter muitas dificuldades em manter a atenção em um monte de coisas.

Elas também tendem a ser impulsivas (não esperam a vez, não lêem a pergunta até o final e já respondem, interrompem os outros, agem antes de pensar). Freqüentemente também apresentam dificuldades em se organizar e planejar aquilo que querem ou precisam fazer.

Seu desempenho sempre parece inferior ao esperado para a sua capacidade intelectual. O TDAH não se associa necessariamente a dificuldades na vida escolar, embora esta seja uma queixa freqüente de pais e professores. É mais comum que os problemas na escola sejam de comportamento que de rendimento (notas).

Um aspecto importante: as meninas têm menos sintomas de hiperatividade-impulsividade que os meninos (embora sejam igualmente desatentas), o que fez com que se acreditasse que o TDAH só ocorresse no sexo masculino. Como as meninas não incomodam tanto, eram menos encaminhadas para diagnóstico e tratamento médicos.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

TDAH - O que é o TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.

Existe mesmo o TDAH?


Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola.


Não existe controvérsia sobre a existência do TDAH?

Não, nenhuma. Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais renomados médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito. Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas idéias sobre todos os aspectos de um transtorno.

Por que algumas pessoas insistem que o TDAH não existe?
Pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica até mesmo má-fé. Alguns chegam a afirmar que “o TDAH não existe”, é uma “invenção” médica ou da indústria farmacêutica, para terem lucros com o tratamento.

No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca publicaram qualquer pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e não fazem parte de nenhum grupo científico. Quando questionados, falam em “experiência pessoal” ou então relatam casos que somente eles conhecem porque nunca foram publicados em revistas especializadas.

Muitos escrevem livros ou têm sítios na Internet, mas nunca apresentaram seus “resultados” em congressos ou publicaram em revistas científicas, para que os demais possam julgar a veracidade do que dizem.

Os segundos são aqueles que pretendem “vender” alguma forma de tratamento diferente daquilo que é atualmente preconizado, alegando que somente eles podem tratar de modo correto. Tanto os primeiros quanto os segundos afirmam que o tratamento do TDAH com medicamentos causa conseqüências terríveis.

Quando a literatura científica é pesquisada, nada daquilo que eles afirmam é encontrado em qualquer pesquisa em qualquer país do mundo. Esta é a principal característica destes indivíduos: apesar de terem uma “aparência” de cientistas ou pesquisadores, jamais publicaram nada que comprovasse o que dizem.

O TDAH é comum?
Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.

Colaboração - Associação Brasileira de Défict de Atenção - ABDA

Quais são os sintomas de TDAH?

O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:



1) Desatenção



2) Hiperatividade-impulsividade




O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores.


As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo).

Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.


Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos).


São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois").


Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta.

São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.

Colaboração - Associação Brasileira de Défict de Atenção - ABDA

Quais são as causas do TDAH?

Já existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive no Brasil - demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.


Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.


O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios). Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões.

A) Hereditariedade

Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com TDAH era mais freqüente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH.

A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familial).

Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo "desatento" ou "hiperativo" simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então, comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética, e não somente ao ambiente.

Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados.

Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adotivos.

Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade etc...).

Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao contrário dos fraternos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos (os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.).

Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença. Realmente, os estudos de gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito mais parecidos (também se diz "concordantes") do que os fraternos, chegando a ter 70% de concordância, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH.

A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH, como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genética.

O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve vários genes, e não um único gene (como é a regra para várias de nossas características físicas, também).

Provavelmente não existe, ou não se acredita que exista, um único "gene do TDAH". Além disto, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais.

Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar (antigamente denominado Psicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH.

B) Substâncias ingeridas na gravidez

Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal orbital.

Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito.

C) Sofrimento fetal

Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação de causa não é clara.

Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto.

D) Exposição a chumbo:

Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.

E) Problemas Familiares

Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser a causa do TDAH nas crianças. Estudos recentes têm refutado esta idéia. As dificuldades familiares podem ser mais conseqüência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais).

Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.

F) Outras CausasOutros fatores já foram aventados e posteriormente abandonados como causa de TDAH:

1. corante amarelo

2. aspartame

3. luz artificial

4. deficiência hormonal (principalmente da tireóide)

5. deficiências vitamínicas na dieta.

Todas estas possíveis causas foram investigadas cientificamente e foram desacreditadas.

Até hoje é comum que se diga que o TDAH é um distúrbio essencialmente infantil. Não é raro que médicos digam aos pais de uma criança com TDAH que "isto vai desaparecer com o tempo". Sabemos hoje em dia que isto não é verdade: a maioria das crianças com TDAH na infância terão sintomas por toda a vida.

Estes sintomas poderão ou não interferir de modo significativo com suas vidas profissionais, sociais e familiares.

Colaboração - Associação Brasileira de Défict de Atenção - ABDA

Justiça beneficia aluno hiperativo

Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5ª) determinou ontem que o estudante Paulo Melcop, 14, seja provisoriamente promovido à 7ª série do Colégio de Aplicação, vinculado à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O garoto sofre de hiperatividade e foi reprovado na 6ª em maio deste ano, quando terminou o ano letivo. Por unanimidade, a 4ª turma do Tribunal, composta pelos desembargadores Ivan Lira (relator), Lázaro Guimarães e Francisco Barros Dias, acatou o recurso movido pela família, que alega discriminação.

Os magistrados determinaram que o adolescente freqüente a turma mais avançada até que seja submetido a uma avaliação específica, que considere as deficiências provocadas pelo distúrbio da hiperatividade no seu desempenho escolar. "É fundamental que a escola realize a apuração do desenvolvimento pedagógico (do garoto) considerando o fato dele ser portador da síndrome", justificou o desembargador federal Ivan Lira.

A decisão da Justiça foi respaldada por um relatório produzido pelo coordenador do Centro de Estudos Inclusivos da UFPE, Francisco Lima, designado pelo Ministério da Educação (MEC) para acompanhar o caso. O especialista informou que a hiperatividade, denominada na comunidade científica como TDAH, prejudica a concentração, mas não compromete o desempenho intelectual do paciente.

Matérias - O estudante foi reprovado em matemática (equação e números inteiros), em educação física nas áreas de xadrez e damas (jogos que exigem concentração, o que é difícil para uma pessoa hiperativa) e em uma disciplina de artes. A família de Paulo acredita que, apesar de a escola se dizer inclusiva, ela não ofereceu atendimento pedagógico necessário e adeqüado ao adolescente.

A decisão foi bastante comemorada pelos pais do estudante, que acompanharam o julgamento do recurso ontem à tarde. A mãe de Paulo, a bancária Flávia Melcop, disse que o filho estava constrangido e se recusava a voltar a cursar a 6ªsérie. "Foi uma vitória. Falei com ele agora por telefone.

Estava radiante e já começou a ligar paraos colegas dizendo que ia voltar. Fui abordada por diversas mães que tinham passado pelo mesmo problema", relatou Flávia Melcop.

O diretor do Colégio de Aplicação, Mário Honorato, estava viajando e afirmou que não tinha conhecimento da decisão da Justiça. Ele preferiu não comentar o caso.

Justiça estadual garante passe livre para portador de TDAH

A sentença é do juiz Luiz Henrique Marques e foi proferida no dia 14 de abril, sendo publicada na última sexta-feira, dia 15. O Município também foi condenado a pagar R$ 300 de honorários advocatícios.

Na ação de obrigação de fazer ajuizada pela Defensoria Pública do Estado, a criança é representada por seu pai Sidnei Carlos Cortes. Ele conta que, ao procurar a Funlar, órgão da Secretaria Municipal de Desenvolvimentos Social, responsável pelo cadastramento dos solicitantes do passe livre, foi informado de que a doença não estava incluída no rol dos beneficiários da gratuidade do transporte público.

“O Poder Público, inclusive o municipal, tem o dever constitucional de assegurar a todos o acesso aos meios garantidores da saúde e o transporte coletivo é direito do cidadão e possui caráter de serviço essencial, conforme determina expressamente o artigo 30, V da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB)”, afirmou o juiz na sentença.

Ele disse também que é dever do Município do Rio de Janeiro a organização e a prestação do serviço.

Segundo o juiz, o município, como prevê a Constituição Federal, deve assegurar o transporte gratuito, quando for necessário, para permitir o exercício dos direitos fundamentais, tais como saúde e vida.

“É assim porque a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos, sendo irrefutável a responsabilidade concorrente entre os entes da Federação no sentido de garantir o alcance de todos os meios necessários ao restabelecimento da saúde”, assegurou o juiz.

Ele considerou ainda que a questão da fonte de custeio não pode servir de obstáculo para a concessão do transporte gratuito, uma vez que os réus não comprovaram a indisponibilidade orçamentária, além do fato de o Poder Público ter reconhecido, por meio de laudos de médicos da rede pública de saúde, de que o autor requer cuidados especiais.

O juiz determinou que, se a parte autora necessitar de realizar mais viagens para tratamento de saúde, deverá provar através de laudo médico a quantidade de deslocamentos necessários.

Processo: 2006.001.1610804

Fonte: www.tj.rj.gov.br - assessoriadeimprensa@tj.rj.gov.br