terça-feira, 29 de novembro de 2011

Identificar déficit de atenção é desafio para pais e professores

O nosso blog saiu no site Terra - Dei uma entrevista para o site sobre TDAH, as atitudes da escola que meu filho esta atualmente e que não sabem lidar com ele devido a falta de conhecimento e de vontade(o uniforme é de outra escola) - Leia a entrevista abaixo

 As notas começaram a baixar quando o pequeno Lucas estava na terceira série. Cada vez mais, o menino mostrava comportamento agitado durante as aulas e dificuldade de compreender o conteúdo que a professora ensinava.

A escola alertou o pai, que procurou tratamento. Depois de alguns testes, o diagnóstico: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).


A pedagoga especialista em orientação educacional Maria Cristina Bromberg defende que os professores são as pessoas mais capacitadas para identificar o problema em um estudante. Foi assim com Lucas, hoje com 13 anos.

O pai, Alexandre Farias Torres, conta que o filho começou a tirar notas baixas e a apresentar comportamento agitado. "A professora percebeu que não era uma desatenção comum e me avisou. Levei o Lucas para o psicóloga e ele foi diagnosticado", conta o morador de São Bernardo do Campo.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 6% das crianças em fase escolar são diagnosticadas com TDAH. Para o psicólogo Fernando Elias José, trata-se de um dos problemas que mais interfere no estudo de crianças e adolescentes atualmente.

A síndrome é caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade. Entre os principais sintomas percebidos em ambiente escolar estão a falta de atenção, cometer frequentemente erros por descuido, não seguir instruções, dificuldade de organização e perda constante de materiais necessários para as tarefas e atividades diárias. "O paciente que apresenta impulsividade costuma realizar brincadeiras inadequadas que podem atrapalhar a turma inteira", afirma Elias José.

Para a pedagoga Maria Cristina, mestre em distúrbios do desenvolvimento, é papel da escola procurar esclarecer as causas dos problemas. "A primeira avaliação deve ser feita por um grupo interno; depois, as preocupações são transmitidas aos pais, mostrando-se opções para um diagnóstico correto, que pede a avaliação de profissionais de outras áreas. Uma vez determinado o problema, pais, professores e terapeutas planejam juntos as estratégias e intervenções a serem implementadas", defende a especialista.

Porém, Elias José alerta para o fato de que a maioria dos professores não está preparada para reconhecer a desatenção como um problema. "Todas as crianças são inquietas, mas aquelas com TDAH são extremamente inquietas e desatentas", diz, completando que não é difícil detectar os alunos com déficit de atenção. "São aqueles que estão sempre com notas baixas, sempre sem material escolar, constantemente atrapalhando a aula por hiperatividade. O problema é que a primeira reação dos educadores é considerar essa criança simplesmente mal educada", diz.

Atualmente, é isso que acontece com Lucas. Depois que foi diagnosticado com a síndrome, o menino de 13 anos mudou de escola e começou um tratamento com medicamento e psicoterapia. "Eu só o troquei de escola porque a de antes era muito puxada (Colégio Ábaco), e é muito sofrimento para uma criança com TDAH acompanhar um currículo rígido. Mas, infelizmente, o colégio que ele frequenta agora não o compreende", conta o pai.

Por este motivo, o pai de Lucas decidiu criar o blog Criança Hiperativa, onde escreve sobre o problema e também conta sobre o filho. "Criei o blog para que os professores do Lucas entendessem o que é uma criança com TDAH, mas infelizmente, muitos não têm interesse em se conscientizar sobre este problema que não afeta apenas a ele, mas milhares de crianças pelo mundo todo", fala, completando que seu objetivo não é impedir que o filho seja reprimido, mas sim que seja orientado de forma eficaz.

O psicólogo Elias José defende o tratamento diferenciado para os estudantes com déficit de atenção. "Se a síndrome foi diagnosticada e comprovada, não vejo motivo para que os professores não ajudem essa criança", defende, afirmando que aulas de reforço extraclasse e mais tempo para a realização de uma prova são algumas das atitudes recomendadas.

Nos Estados Unidos, lei exige professor a mais para quem tem TDAH

A pedagoga Maria Cristina ainda afirma que um estudante com TDAH leva de três a quatro vezes mais tempo para fazer uma lição de casa do que seus colegas. Por este motivo, nos Estados Unidos é regulamentada por lei a obrigatoriedade de uma instituição de ensino fornecer um professor a mais para acompanhar uma criança com déficit de atenção. No Brasil, existe um projeto de lei referente ao tema que tramita na Câmara desde 2008. Pelo projeto do Senado 402/08, o poder público deve manter programa de diagnóstico e de tratamento para estudantes da educação básica com dislexia e TDAH. Isso seria feito por meio de uma equipe multidisciplinar, com a participação de educadores, psicólogos, psicopedagogos e médicos.

Apesar de ainda não existir lei nacional, algumas escolas já estão investindo em profissionais especializados no tema. No Rio de Janeiro, a escola particular Esil Educacional oferece o Espaço Integrar, uma sala onde alunos portadores da síndrome recebem orientação de um pedagogo, que além de ajudar em estudos e lição de casa, também pode auxiliar em sala de aula quando necessário.

Porém, a iniciativa ainda é realidade distante para a maioria dos colégios. Hoje, Farias está a procura de uma escola preparada para lidar com seu filho. "Não queria ter que mudá-lo de escola outra vez, pois ele tem muitos amigos lá. Mas está sofrendo, os professores não o orientam e sim o punem. Eles têm um sistema de bilhetes verdes para quem fez algo errado. Todos os dias meu filho recebe um", reclama. "A escola tem um laudo psicológico explicando como o Lucas se comporta e suas dificuldades. Uma delas é o maior grau de déficit de atenção, mas os coordenadores, inspetores e professores, não todos, fazem de conta que isso não existe e preferem lidar com os métodos ditadores", lamenta.

Maria Cristina afirma que os pais devem verificar o nível de conhecimento da direção e dos professores da escola acerca do TDAH. Se houver desconhecimento, os responsáveis devem conversar com o corpo docente para ver se este está disposto a aprender e a auxiliar o estudante de maneira adequada. Para a pedagoga, se a resposta for negativa, é melhor nem arriscar.

A especialista ainda explica que a melhor escola para uma criança com a síndrome é aquela que busca desenvolver o potencial específico de cada um, reforçando os pontos fortes e superando os pontos fracos.

Fonte : ENTREVISTA DADA AO  SITE  TERRA

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Escolas especializadas em déficit de atenção - matéria da revista ISTO É

Centros de apoio e colégios buscam conhecimento para lidar com portadores de transtorno que prejudica o aprendizado

Claudia Jordão

O aluno não para quieto na sala de aula, pede para ir ao banheiro o tempo todo, puxa conversa com os colegas de classe. As consequências desse tipo de comportamento costumam se refletir nas notas vermelhas do boletim. Até há alguns anos, estudantes com esse perfil eram tachados de bagunceiros ou, até mesmo, sem educação.


Hoje em dia, no entanto, sabe-se que muitos deles possuem o TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. De ordem neurobiológica, ele provoca desatenção, inquietude e impulsividade, atinge de 3% a 5% das crianças e costuma ser tratado com uma com binação de medicamentos, terapia e orientação pedagógica.

Especialistas defendem a ideia de que o portador desse transtorno deve frequentar a sala de aula e contar com o apoio de um segundo professor, só para ele, como acontece nos Estados Unidos, onde esse direito é garantido por lei. No Brasil, não há legislação a respeito, mas começam a surgir centros de apoio ao aluno - que oferecem aulas particulares com base no currículo da instituição de ensino regular -, e escolas têm buscado especialização para lidar com a questão de maneira eficiente.

É o caso, por exemplo, do centro de apoio ao aluno Vésper, em São Paulo. Aberto a qualquer aluno que tenha dificuldade no aprendizado, ele oferece aos portadores do TDAH atendimento individual. Psicopedagogos e professores os ajudam a fazer a lição de casa e os orientam em questões relacionadas ao aprendizado.

"No Estudo Orientado trabalhamos, através de atividades específicas, organização, atenção, concentração e técnicas que melhoram a profundidade de leitura", diz a fundadora do Vésper, Nívea Basile. Com 30 anos de profissão, a psicopedagoga diz que o ensino de alunos com o déficit de atenção ou hiperativos é tema fundamental nos dias atuais. "Tenho a impressão de que o problema cresce a cada ano", diz. "A rotina das crianças em casa é corrida, elas mudam demais de escola, isso prejudica tudo." Por isso, Nívea faz questão de ter um ambiente tranquilo a seu favor. Ela e seus professores falam baixo e pausadamente. Suas mensagens são claras e diretas.


Esse suporte também começa a existir em algumas escolas particulares. Psicóloga da Esil Educacional, no Rio de Janeiro, Andréa Rosa nutre o desejo de dar aos alunos da instituição a mesma estrutura oferecida nos Estados Unidos. "Meu sonho é ter um tutor por sala de aula", diz. No ano passado, ela ajudou a implementar o Espaço Integrar, uma sala que tem a presença de um pedagogo especializado, capaz de acolher o estudante com déficit de atenção e hiperatividade e o profes sor dele em situações mais delicadas.


Além disso, se for indicado, esse profissional pode auxiliar em sala de aula, dependendo da atividade. Muitos dos mestres da escola já têm MBA em inclusão. Educadores do Colégio Singular, rede de escolas no ABC paulista, fizeram um curso no início do ano sobre o tema. Oferecido pelo NEA (Núcleo Especializado de Aprendizado), da Faculdade de Medicina do ABC, reuniu neuropediatra, psicólogos e psicopedagogos. O programa despertou tanto interesse nos educadores que sete deles já iniciaram a pós-graduação em capacitação e aperfeiçoamento em dislexia e TDAH, também na Faculdade de Medicina do ABC.

"Na ânsia de encontrar respostas para o mau desempenho de seus filhos na escola, os pais recorrem cada vez mais ao termo", diz Daniela Antico, orientadora do Singular, em São Bernardo do Campo. "Queremos ter mais condições de diferenciar a criança hiperativa da indisciplinada." Portadora do transtorno e educadora há 30 anos, a psicopedagoga Rosemeire Henriques se arrisca a dizer que muitas crianças, com níveis mais baixos do transtorno, poderiam abrir mão da medicação, recurso muito utilizado, se tivessem um acompanhamento adequado em casa e na escola. "Os alunos estão chegando para as aulas dopados", diz.

A inclusão com qualidade cresceu, mas está longe de ser ideal. Mãe de Diego, 10 anos, a executiva de vendas Débora Gomes diz que o filho sofreu preconceito nas escolas por onde passou até ser matriculado no Esil, no ano passado. "Foram quatro escolas em quatro anos", conta. "Agora, ele já não se sente mais culpado por tudo de ruim que acontece ao seu redor." Assim como o tratamento de Diego, a mudança de mentalidade dos educadores, apesar de significativa, está apenas começando.


FONTE : REVISTA ISTO É

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Lucas no Mundo da Lua - Meu Pai entalou na Montanha Russa da Disney

E ai pessoal, agora eu tenho meu canal no you tube. Visite e deixe seu comentário abaixo.



Gostou?

Vai ter mais....acessa o meu canal e descubra as novidades .....fuiiiii

http://www.youtube.com/user/lucasmundodalua

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Os professores não podem dizer que é falta de informação

Muitos professores reclamam da falta de informação, mas eu creio que muitos não tem  vontade de buscar informações e procurar entender a impulsividade e o modo de agir do TDAH.

Não são todos os professores que devem ser conhecidos desta forma, mas muitos preferem chamar inspetores despreparados ou enviar o aluno para a coordenação que também não tem preparo algum para lidar com a criança TDAH.

Acham que ganhar no grito ou na ordem sem qualquer conversa é a solução. E o que acontece?

Eles voltam a fazer as mesmas coisas pela impulsividade e os educadores os mesmos erros....e o ciclo da falta de vontade e conhecimento se repete todos os dias.

Acho que nós pais deveriamos tomar algumas atitudes: Se a conversa não resolver  e a escola se torna irredutível busque uma forma de resolver a solução: Telefone a uma emissora de Tv e explique o seu caso para a redação de um programa que você acha que vai acatar o problema e fazer uma reportagem sobre a escola.

Acho que esta na hora de agir mais e conversar menos......




quarta-feira, 6 de julho de 2011

Voltando na Ativa com informações importantes

Pessoal, estou voltando na ativa com as informações sobre TDAH. Depois de um longo e tenebroso inverno....voltei ..... Não esqueçam de fazer os comentários, usem o chat ao lado e não desistam dos seus filhos. Vocês podem desistir da escola que eles estão por não ser preparadas para lidar com eles, mas nunca desistam dos seus filhos. Ele precisam do seu amor.


terça-feira, 29 de março de 2011

Bullying e Cyberbullying: O Combate de Todo o Brasileiro!

BULLYING ESCOLAR (Bullying / Cyberbullying) - O Combate de Todo o Brasileiro! Este é o tema de uma das principais palestradas do 18º Educador - Congresso Internacional de Educação - que acontecerá entre 18 e 21 de maio, em São Paulo. No dia da abertura do Congresso, as pedagogas Aloma Ribeiro Felizardo e Elenice da Silva abordarão este que é um dos mais atuais e polêmicos temas envolvendo a educação e a vida escolar.

O BULLYING ESCOLAR (Bullying / Cyberbullying) é o ponto essencial das palestras das pedagogas, que pretendem esclarecer o que é e dar um panorama do problema no Brasil. As educadoras querem despertar a atenção dos profissionais de educação para informar, conscientizar, sensibilizar e proporcionar subsídios para um melhor diagnóstico.


"Precisamos corrigir estas ações, outrora brincadeiras, mas que hoje revelam-se em um fenômeno de violência física e psíquica. Mais que isto, identificar a vítima: no papel de educador", esclarece Elenice da Silva, pedagoga, pós-graduada em Psicopedagogia, educadora há 28 anos e professora de Ética e Cidadania no Centro Paula Souza Escola Técnica Estadual. A educadora é também autora do livro Corredores de Justiça, combatendo o bullying nas escolas, educando uma sociedade para a paz.

"O objetivo é auxiliar professores, orientadores educacionais, psicopedagogos, psicólogos e diretores de escolas a lidar com situações conflitantes do cyberbullying, pois lhes permitirá acesso a um repertório de casos oferecendo subsídios de como enfrentar os cyberbullies nesta nova era cibertecnológica", completa Aloma Ribeiro Felizardo, pedagoga formada pela FINTEC/SP e em Comunicação, Educação e Cibercultura na PUC/SP, e atualmente cursando Mediação Transformativa de Conflitos na Escola Superior do Ministério Público.

SOBRE O CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO:

"A Educação Transforma ou Reproduz a Sociedade?". Com este tema do 18º EDUCADOR / 18ª EDUCAR - Congresso e a Feira Internacional de Educação, que acontece entre os dias 18 e 21 de maio na cidade de São Paulo, reunirá em torno de 125 educadores-palestrantes brasileiros e do exterior e mais de 100 empresas expositoras. Considerado o principal evento do setor da América Latina pela riqueza de seu conteúdo e exposição, assim como pela qualidade e diversidade de seus conferencistas, o EDUCADOR / EDUCAR amplia e diversifica ainda mais suas atividades em 2011.

O evento terá dois Congressos, o 18º EDUCADOR (Congresso Internacional de Educação) e o 9º AVALIAR (Congresso Internacional sobre Avaliação na Educação), e dois Seminários, o 7º EDUCADOR MANAGEMENT (Seminário Internacional de Gestão em Educação) e o 1º EDUCATEC (Seminário Internacional sobre Tecnologias para a Educação). Em paralelo, reunirá mais de 100 expositores na feira de exposições de produtos e serviços EDUCAR, que este ano traz grupos internacionais importantes do segmento, especialmente na área de tecnologia.

Entre as novidades está o Ciclo de Palestras, em horário especial para visitantes não inscritos nos congressos (Educador e Avaliar) e nos seminários (Educador Management e Educatec). O "Ciclo" terá diversas atividades simultâneas sobre assuntos técnicos-pedagógicos com foco técnico-comercial apresentadas por expositores.

EDUCADORES E PENSADORES

Entre os 125 palestrantes que comporão o evento, destacam-se nomes como Domenico De Masi, pensador italiano e escritor do livro "Ócio Criativo". Professor da cátedra de Sociologia do Trabalho e reitor da Faculdade de Ciência da Comunicação na Universidade La Sapienza (Roma) e presidente da Fundação Ravello, De Masi é considerado um dos pensadores mais influentes deste século.

Outros conferencistas internacionais que participarão do 18º Educador são o português José Pacheco, que foi professor e coordenador na Escola da Ponte, na cidade do Porto, e traz para os debates seus conhecimentos e referências de bons exemplos educacionais com a palestra: "O Que Sustenta Bons Projetos de Educação?"; o franco-suíço Philippe Perrenoud, da Universidade de Genébra-Suíça, que abordará "Qual a Finalidade da Escola no Século XXI: Preparar Uma Elite para o Ensino Superior ou Preparar os Jovens para a Vida?"; o americano Thomaz Armstrong, cujo tema da sua palestra será "O Mito da Criança TDAH: Desafiando a Crescente Medicalização da Atenção e Comportamento na Sala de Aula", e o espanhol Francesc Imbernón, professor da Universidade de Barcelona, que discutirá "A Formação de Professores e a Qualidade de Ensino".

A programação completa do evento (palestrantes, dias e horários) está no link abaixo:

http://www.youblisher.com/p/91298-Educador-Educar-2011

Site oficial e Redes Sociais da Futuro Eventos e da 18ª Educar/18º Educador:

Site: http://www.futuroeventos.com.br/novo-site

 CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO - 18º EDUCADOR / 18ª EDUCAR

Data: 18 a 21 de Maio de 2011


Local: CENTRO DE EXPOSIÇÕES IMIGRANTES


Endereço: Rodovia dos Imigrantes, KM 1,5 - São Paulo - SP

PROGRAMA OFICIAL: http://www.youblisher.com/p/91298-Educador-Educar-2011

quinta-feira, 17 de março de 2011

Mais um bilhete... ”Ele apenas conversa...sai do lugar...”

Mais um bilhete... ”Ele apenas conversa...sai do lugar...”

Você já explicou milhões de vezes como o seu filho se comporta, já explicou a mesma coisa e o pessoal da escola ainda envia bilhetinhos no caderno escrito: “ Ele conversa muito...ele sai constantemente do lugar...ele não fez a lição....ele tem dificuldades de aprendizado...o seu comportamento prejudica o seu rendimento....” ?

Eu não consigo entender... Ou melhor, eu entendo: O meu filho age da mesma forma... Eu explico uma coisa e depois de algumas horas preciso explicar de novo...depois de alguns dias também....no outro ano ...de novo.....

E assim continua a saga – “Ele conversa muito durante as aulas”...

Será que a ritalina resolve o problema?

As vezes não é repassado informações necessárias a eles, mas eu não consigo entender....

Desabafo de um pai com filho com TDAH.

E a vida continua...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Depoimento - Minha Vida...""Mal educado!!!!" " Sem limites!!!!" "Capeta!!!!" "Disperso!!!!" "Louco!!!"

No último Congresso Internacional da ABDA, apresentei durante uma palestra um texto escrito por meu filho para a cadeira de filosofia do curso de economia da PUC-RJ.

O texto, cuja avaliação implicava em nota, foi solicitado a cada aluno pelo professor da cadeira, com o objetivo de conhecer um pouco da trajetória pessoal da turma. Ele, meu filho, recebeu grau dez, fazendo com que todos nós chegássemos às lágrimas, inclusive o próprio professor que acabara de conhecê-lo.


A partir das inúmeras solicitações de cópias que tenho recebido do Brasil inteiro, decidi postar o texto aqui no site. No entanto, na condição de mãe, preciso fazer alguns comentários ligados ao texto que vocês lerão em seguida.

Em primeiro lugar, quero enfatizar que apesar de todas as dificuldades que enfrentamos naquela época, em função da falta de informação sobre TDAH por parte de algumas escolas, médicos, profissionais... talvez o pior obstáculo com o qual nos deparamos tenha sido a arrogância, a prepotência e a insensibilidade daqueles que se diziam educadores, mas que optaram por EXCLUIR covardemente o que desconheciam, O TDAH representado naquele momento pelo meu filho, para não terem que experimentar o desafio e a impotência de encarar as suas próprias limitações ou a ignorância que não ousa se superar pela busca do conhecimento.

Aos “terapeutas” que tanto insistiram na tese de que TDAH não existe, que era uma doença inventada pela Indústria Farmacêutica, que a medicação era absolutamente perigosa e desnecessária, que se tratava de “falta de limites”, culpa minha, complexo de Édipo, blá, blá, blá.... Se por um lado lamento o tempo perdido, por outro, agradeço-os por terem me dado à oportunidade de olhar nos seus olhos e perceber o quanto estavam equivocados, aprisionados no estreito universo daqueles que só admitem uma corrente de saber - a própria.

A escola, em especial aquela que sumariamente reprovou o meu filho por não conseguir “ficar atento e ser muito agitado”, ao coordenador que disse que “o conselho de classe era soberano para punir alunos que não se esforçam”... a todos que um dia tentaram atrapalhar o seu caminho, plagiando o poeta Mario Quintana, digo:

Eles passaram, ficaram no passado.

Meu filho é que era passarinho, voa com sucesso rumo ao futuro.

Finalmente, meu afeto e eterna gratidão ao Prof. Paulo Mattos, grande amigo, por ter mostrado ao meu filho um caminho que ele já acreditava não existir e, ao Colégio A. Liessin pela forma acolhedora com que o recebeu, o que fez toda diferença para que ele pudesse provar que o sucesso era possível.

Iane Kestelman Presidente da ABDA


LEIA O TEXTO ABAIXO -  Como um TDAH sofre com a falta de conhecimento de educadores e coordenadores
Minha Vida

Ele era uma criança levada, que não parava no lugar e não se concentrava em nada. Diziam que ele era hiperativo, mas pera aí? Como podia ser hiperativo uma criança que ao jogar videogame ou assistir um jogo do Flamengo na televisão ficava horas e horas parada sem ao menos piscar os olhos?

"Mal educado!!!!" " Sem limites!!!!" "Capeta!!!!" "Disperso!!!!" "Louco!!!" eram frases que ele comumente ouvia.

Ele sofria com isso, porém, sempre se considerou como os outros, pois tinha uma vida parecida com a dos seus amigos, mesmos hábitos, costumes, cultura, mas sempre fazendo as coisas muitas vezes sem pensar. Mesmo assim, ele não era somente defeitos, assim como perdia amigos facilmente, os recuperava com seu carisma e sua inteligência.

Inteligência que incomodava a muitos, pois não o viam estudar muito, se empenhar e mesmo assim colher como frutos, bons resultados... "Mas pera aí, ele nunca pode ser um bom aluno!" "Ele só pode estar colando".

Eis então que ele cresceu, a criança hiperativa mal educada virou um jovem. Ele, agora mais velho, continuava tendo muitos amigos, saía, se divertia e jogava muito bem futebol, algo em que definitivamente se concentrava e parecia até uma pessoa "normal"; ele era o capitão de seu time da escola, exercia toda sua liderança em quadra e se orgulhava muito disso.

Na sala de aula, parecia que sua liderança se tornava algo negativo, o fazia não ter forças para estudar, para prestar atenção, atrapalhava a turma, desconcentrava os professores e criava muitas inimizades. Inimizades essas que não acreditavam como ele podia obter bons resultados. E as vitimas de sua tenebrosa atitude sem limites? Ele não pode corresponder às expectativas.

Ele era o capitão do time, ele era querido.....

Ele era um menino problema; em sala de aula, ele era odiado.

Como sua vida não era feita só de futebol, ele foi campeão no campo, e foi derrotado fora dele; foi perseguido como um bandido sem direito a legítima defesa, afinal foi pego várias vezes em flagrante, com sua maligna hiperatividade e sua temível impulsividade.

Orgulhosamente, foi lhe dado o veredicto final, como um juiz que dá uma sentença a um réu, sua reprovação em matemática foi ovacionada pelos guardiões da boa conduta e da paz escolar, e sua conseqüente saída da escola como um início de um novo ciclo de alegria, sem ele, aquele menino, que jogava bem futebol, mas somente isso.

Ele chorou, perdeu seus amigos, sua escola, mas mais do que tudo isso, perdeu sua auto-confiança.

Ele já estava se tornando um adulto, e por meios do destino sua mãe conheceu um médico que tratava de um tal “déficit de atenção”. Seria tão somente o 445º tipo de tratamento para curar aquele garoto-problema, algo que até o mesmo já estava praticamente convencido que era.

Mandaram-lhe tomar Ritalina, um remédio ruim, que tira fome, e que lhe daria mais atenção e blá blá blá !!! Algo que ele já estava cansado de ouvir. Ele tomou a medicação sem crença nenhuma naquilo.

E o tempo foi passando, ele vivendo sua vida, em uma nova escola, procurando seu lugar no time de futebol do colégio...

Em 4 anos ele se tornou capitão do time. E mais, foi campeão vencendo a sua ex-escola; se formou como um dos melhores alunos da turma, passou para a faculdade que queria, tirando nota 10 na prova de matemática, a matéria que o fez passar um dos seus piores momentos ao ser reprovado.

Hoje ele está na faculdade. Ele ainda tem muito o que viver, com seu jeito hiperativo, desatento, mas agora controlado, sem deixar de ser ele mesmo. Ele vai vivendo, com o intuito de um dia poder mostrar que não era um bandido, um mal educado, nem um “sem limites”; era apenas uma pessoa diferente e, como todas outras pessoas diferentes, pode e deu certo na vida.

Hoje ele é feliz, tem uma namorada, estuda o que gosta, tem muitos amigos, sua família se orgulha dele e, acima de tudo, ele próprio sabe o que tem e vive feliz com a sua realidade.

Ele deseja que o que ele sofreu, outras pessoas não sofram um dia.

Ele?

Sou eu...

Beto

Obs: Solicitamos em caso de reprodução do texto, citar o nome do autor e a fonte (copyright).

(Grifo Meu)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Livros que podem ajudar você a entender o TDAH

No Mundo da Lua -  Dr.Paulo Mattos Lemos Editorial, 2001

Perguntas e respostas sobre Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos, cujos direitos foram cedidos à ABDA pelo autor.

Toda a venda do livro reverte para a ABDA.

Compre na ABDA pelo telefone (21) 2295-0921 e enviaremos pelo correio em qualquer cidade do Brasil




Princípios e Práticas em TDAH


Luis Augusto Rohde, Paulo Mattos e colaboradores Artmed Editora, 2003.

O livro aborda os sintomas em crianças, adolescentes e adultos, tratamento farmacológico e psicoterápico, epidemiologia, genética, intervenção escolar, aprendizado e neuropsicologia de forma atual e extensa.

Compre na ABDA pelo telefone (21) 2295-0921 e enviaremos pelo correio em qualquer cidade do Brasil


Levados da Breca


Dr. Marco A. Arruda (mestre em Medicina, doutor em Neurologia, membro titular da Academia Brasileira de Neurologia e da Associação Brasileira de Déficit de Atenção).

Ivete A.a.c. Arruda, 2ª edição – Ribeirão Preto - 2008


Um guia sobre crianças e adolescentes com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) - 150 páginas

Este livro irá orientar-lhe, em todos os aspectos, sobre o TDAH e será uma ferramenta no seu dia a dia para saber lidar com os portadores deste transtorno.

O autor expõe com clareza o problema e apresenta alternativas para solucioná-lo. Uma obra imprescindível àqueles que convivem com crianças e adolescentes. Neste livro fica evidente a importância da participação ativa dos pais e mestres no tratamento dos seus filhos e alunos com este trastorno. Esta participação compreende não apenas o conhecimento da origem neurobiológica dos sintomas e do impacto do TDAH, mas também a intervenção através de estratégias aqui propostas.

Compre na ABDA pelo telefone (21) 2295-0921 e enviaremos pelo correio para qualquer cidade do Brasil



sexta-feira, 4 de março de 2011

ABDA - cadastro de Profissionais

Olá Pessoal,

Muitas pessoas perguntam sobre profissionais especializados em TDAH, por isso, coloco aqui a lista de profissionais que a Associação Brasileira de Défict de Atenção colocou em seu site.

O cadastro de Médicos  e  psicólogos da ABDA é um serviço público gratuito. Ele contém nomes e informações sobre médicos e psicólogos que são associados da ABDA e tratam o TDAH.

Vale a pena você acessar a lista para saber se existe um profissional que pode te ajudar.

Este ano a ABDA vai realizar mais um Congresso Internacional de TDAH

TDAH É UMA DOENÇA INVENTADA?

Acesse o Banner para maiores Informações 


Crianças Criativas - Crianças são capazes de tudo por um doce

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

VIDEO DOCUMENTÁRIO E ENTREVISTA SOBRE TDAH COM Prof. Paulo Mattos - Globo News

Este documentário É IMPORTANTE A TODOS OS PAIS E PROFESSORES PARA ENTENDER COMO É A CABEÇA DO TDAH, COMO ISSO AFETA A SUA VIDA, COMO AGE UM TDAH.

Dr. Paulo Mattos é um ESPECIALISTA QUE NÃO PODEMOS DEIXAR DE ESCUTAR.





segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

E a educação continua do mesmo jeito - Por Alexandre Farias

Eu estava pensando sobre a evolução da educação. Os métodos pedagógicos que são usados e as atividades que o aluno deve realizar para se tornar “apto” para a próxima etapa.


Chego a conclusão que não tivemos uma evolução, mas apenas um jeito de maquiar as dificuldades. Não posso negar que muitos tentam algo novo, mas a história apenas se recicla e não produz novas etapas eficientes.

Outro dia eu estava pensando sobre o uso da matemática no dia a dia do trabalho de milhares de pessoas. Será que estas pessoas foram preparadas para o uso da calculadora nas aulas de matemática ou tiveram que aprender a usar a calculadora fora dela?

Nós usamos o decoreba da tabuada do 9 ou a calculadora para resolver um questão matemática no trabalho?

É claro que necessitamos passar pelas 2 etapas, mas deveriam ter a preocupação em ensinar o aluno a entender o problema do que decorar a tabuada.

Se o aluno esquecer de subir o “1” ou descer o “ 2” na conta, já basta para o professor dar um sinal de errado. Se o professor esquecer de subir ou descer um número na nota do aluno, ele apenas cometeu um deslize.

A educação não olha para o futuro, mas apenas se conforma em maquiar o passado para que ele passe como evoluído.

As coisas continuam a mesma... Só mudou o uso dos métodos que na realidade dão um bom lucro para as escolas. Isso mesmo, a educação continua a mesma!

Quer ver?

O professor da aula, o aluno deve apenas escutar quieto.

O professor não pode ser questionado, é o aluno tem que sobreviver as perguntas do professor.

O professor analisa o aluno segundo o seu critério, mas não quer ser analisado pelo critério do aluno. Quer dizer, eles acreditam que o aluno não tem capacidade de criar critérios.

O professor se engana, o aluno erra.

O professor que tem letra ilegível é considerado intelectual, o aluno que tem uma letra tortinha é considerado relaxado.

O professor monta avaliações com muitas palavras difíceis que não fazem parte do vocabulário da criança, o aluno tem a obrigação de saber o que o professor está querendo no exercício porque ele precisa enriquecer o seu vocabulário.

O aluno não pode colocar o seu vocabulário do dia a dia. Se um professor fala gíria na sala de aula ele é considerado pra frentex ... se o aluno fala gíria na sala de aula ele é jogado para o fundo da sala e considerado malandro.

Quando chega no final do ano o aluno é reprovado pelas notas baixas, mas quem reprova o professor pela sua baixa nota de ensino pedagógico ? Pela falta de reconhecer as dificuldades dos seus alunos? Por não ter feito nada para que o aluno conseguisse entender o que ele estava dizendo?

Por não ter reciclado o seu conhecimento durante anos e não ter feito um curso de especialização?

Bem, vamos andando porque atrás vem o pessoal que vai querer me matar . Mas a verdade deve ser dita doa a quem doer.

Obs; Não quero colocar todos os professores no mesmo saco e jogá-los no Rio Nilo para os crocodilos, muitos se esforçam em melhorar o ensino. Mas que dá vontade de colocar alguns e jogar aos crocodilos, dá....

Eu nem corrigi o texto para os professores ter a desculpa de corrigi-lo e me considerar um neófito, mas isso é apenas uma desculpa para não refletir sobre o assunto. E assim vai a educação....

Alexandre Farias - Possui graduação em Teologia e Apologética pela Faculdade Teológica e Apologética Cristã Dr. Walter Martin (2008), e está cursando Filosofia pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Possui qualificação profissional de Radialista no setor de locução Profissional e operação técnica pela Rádioficina (1998 MTB 18435). Atualmente é consultor teológico do periódico - Saber e Fé: revista de teologia e apologética cristã, colaborando com artigos para publicação; é consultor teológico e apologético do Instituto Cristão de Pesquisa e do periódico Defesa da fé. Editor e articulista do periódico Boas Novas - jornal mensal da Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana. Diretor e professor do seminário teológico e Apologético IECP. Idealizador do encontro de teólogos e líderes cristãos conhecido como Café Teológico e Apologética .

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Cabeça do TDAH - Faça um texto sobre Igualdade


Igualdade



Para que você entenda um pouquinho de como um TDAH elabora alguns conceitos e resolve os exercícios pedidos pelo professor, vou colocar o exemplo do meu filho.

O professor pediu para elaborar um texto de 20 linhas analisando algumas palavras e uma delas é igualdade.

Quer saber como ele fez o texto?

Bom, eu acho que igualdade é uma coisa igual. Vou dar um exemplo:


Um menino estava na escola copiou tudo que seu professor escreveu na lousa e o menino copiou e outro não copiou nada.


E o menino falou


- Professor pode ir ao banheiro


E o professor falou


- Pode”

Este foi o texto que ele fez em aula. Quero expressar alguns pontos que o professor sempre deve estar atento com alunos de TDAH.

- A resposta que o TDAH escreve é algo rápido e muitas vezes estão ligadas ao que ele pensa sobre o conceito – sem a preocupação de ver se está certo ou errado.

Ex: Igualdade é uma coisa igual.

- Ele não tem paciência para analisar o que está sendo pedido, mas dá respostas ansiosas. Eles são movidos pela ansiedade de terminar rápido o exercício para mostrar aos amigos que ele também consegue terminar rápido, este processo é a tentativa de se igualar aos demais no processo de raciocínio.

Algumas vezes a sua resposta está ligada ao fato de ser muito lógica ligada ao que a palavra transmite no exato momento que ele lê. O exercício de ligar a palavra aos diversos conceitos relacionados ao mundo ou ao assunto que o professor está dando em aula é algo difícil. Desta forma ele faz uma aliança no que é mais lógico – ao conceito que a palavra expressa no momento.

Se terminar mais rápido do que os alunos, ele tenta mostrar que também pensa e produz como os outros. Mesmo que suas respostas não estejam corretas.

Quando ele tenta elaborar uma resposta mais trabalhada, acontece o que vimos no texto: Ex: O menino pedir para ir ao banheiro com o conceito de igualdade.

Mas nós podemos ver um processo de ligação do que ele tem como conceito do que o professor deixa em aula - os alunos que podem ir ao banheiro – Quem faz a lição pode ir ao banheiro o outro não.

Quem faz a sua lição tem o direito de ir ao banheiro.

- O texto tem alguns pontos que não estão ligados de modo coerente em relação ao pedido, mas pode ser que ele está ligado ao que chama atenção do aluno no momento.

- Muitos até começam escrever algo dentro do pedido, mas ao longo dos minutos ele esquece o seu objetivo e escreve o que vem a cabeça.

Isto demonstra a capacidade de concentração o TDAH.

Imagine como ele sofre quando necessita fazer as provas sem qualquer ajuda para compreender o que está sendo pedido e para não sair do objetivo do que está sendo pedido.

É claro que existem professores e coordenadores que não acreditam nisso, acham que eles são criadores e realizadores de atos indisciplinado. Estes são os pedagogos despreparados e que não estão dispostos a reciclar os seus conhecimentos.

Estes pedagogos são aqueles que não conseguem fazer com que o aluno tenha um processo de produção e crescimento – mas faz o aluno com dificuldades cognitivas a ter raiva do mundo pedagógico.

Sempre vão existir pedagogos que acreditam que são deuses e não precisam entender a cabeça das crianças. Eles acreditam que as crianças é que devem entender mesmo tendo problemas pedagógicos.

É nesse momento que eu lembro o que Jesus disse: Amar o próximo como a ti mesmo.

Isto é: Se colocar na pele destas crianças e entender como a cabeça deles trabalham para que possa achar um caminho coerente diante das suas dificuldades.


Você já pensou se todos os seres humanos amassem o próximo como gostariam de ser amados.


Pense nisso.


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O que acontece com muitas crianças com TDAH na escola

Tenho uma cça tdah, leio td a respeito, tendo ajuda-la ao máximo ,mas os professores não conseguem ter paciencia, sexta-feira passada porque ela riu na sala ,ela foi posta para fora, a diretora pediu p/ q. Ela ficasse no tablado depois falaria c/ ela, passou uma aula, o recreio,outra aula, foi qdo uma inspetora então pediu p/ ela procurar a direção pois a mesma devia ter se esquecido dela...Ela fez isso foi autorizada a voltar para a aula mas ficou sem lanchar...Qdo entrou na sala recebeu uma vaia geral,e a prof.Q. Ministrava aula naquele momento disse q. Foi hunaneme a decisão dos prof. Qualquer vacilo ela será posta p/ fora da sala. Ela não assiste mais aula, ninguem se incomoda, quais os direitos dela? Ela toma antidepressivo e ritalina,faz tratamento c/tds profissionais envolvidos na área,psicologo,psiquiatra,psicopedagogo,neurologista,e ela é hiperativa mas inteligente, e não faz maldade a ninguem só fala muito e muito alto.

Estou desenvolvendo um projeto contra o bullying q. é o q. Acaba com td começa pelos professores despreparados...Por favor me ajudem...Ela não estuda mais ,não assiste mais aula...Sempre td é motivo para ser impedida.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Escolas Epecializadas em Déficit de Atenção

Centros de apoio e colégios buscam conhecimento para lidar com portadores de transtorno que prejudica o aprendizado.


Revista Istoé - por Claudia Jordão

O aluno não para quieto na sala de aula, pede para ir ao banheiro o tempo todo, puxa conversa com os colegas de classe. As consequências desse tipo de comportamento costumam se refletir nas notas vermelhas do boletim. Até há alguns anos, estudantes com esse perfil eram tachados de bagunceiros ou, até mesmo, sem educação. Hoje em dia, no entanto, sabe-se que muitos deles possuem o TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

De ordem neurobiológica, ele provoca desatennção, inquietude e impulsividade, atinge de 3% a 5% das crianças e costuma ser tratado com uma combinação de medicamentos, terapia e orientação pedagógica. Especialistas defendem a ideia de que o portador desse transtorno deve frequentar a sala de aula e contar com o apoio de um segundo professor, só para ele, como acontece nos Estados Unidos, onde esse direito é garantido por lei. No Brasil, não há legislação a respeito, mas começam a surgir centros de apoio ao aluno que oferecem aulas particulares com base no currículo da instituição de ensino regular -, e escolas têm buscado especialização para lidar com a questão de maneira eficiente.

É o caso, por exemplo, do centro de apoio ao aluno Vésper, em São Paulo. Aberto a qualquer aluno que tenha dificuldade no aprendizado, ele oferece aos portadores do TDAH atendimento individual. Psicopedagogos e professores os ajudam a fazer a lição de casa e os orientam em questões relacionadas ao aprendizado.

"No Estudo Orientado trabalhamos, através de atividades específicas, organização, atenção, concentração e técnicas que melhoram a profundidade de leitura", diz a fundadora do Vésper, Nívea Basile.

Com 30 anos de profissão, a psicopedagoga diz que o ensino de alunos com o déficit de atenção ou hiperativos é tema fundamental nos dias atuais. "Tenho a impressão de que o problema cresce a cada ano", diz. "A rotina das crianças em casa é corrida, elas mudam demais de escola, isso prejudica tudo." Por isso, Nívea faz questão de ter um ambiente tranquilo a seu favor. Ela e seus professores falam baixo e pausadamente. Suas mensagens são claras e diretas.

Esse suporte também começa a existir em algumas escolas particuulares. Psicóloga da Esil Educacional, no Rio de Janeiro, Andréa Rosa nutre o desejo de dar aos alunos da instituição a mesma estrutura oferecida nos Estados Unidos. "Meu sonho é ter um tutor por sala de aula", diz.

No ano passado, ela ajudou a implementar o Espaço Integrar, uma sala que tem a presença de um pedagogo especializado, capaz de acolher o estudante com déficit de atenção e hiperatividade e o professor dele em situações mais delicadas. Além disso, se for indicado, esse profissional pode auxiliar em sala de aula, dependendo da atividade.

Muitos dos mestres da escola já têm MBA em inclusão. Educadores do Colégio Singular, rede de escolas no ABC paulista, fizeram um curso no início do ano sobre o tema. Oferecido pelo NEA (Núcleo Especializado de Aprendizado), da Faculdade de Medicina do ABC, reuniu neuropediatra, psicólogos e psicopedagogos.

O programa despertou tanto interesse nos educadores que sete deles já iniciaram a pós-graduação em capacitação e aperfeiçoamento em dislexia e TDAH, também na Faculdade de Medicina do ABC.

"Na ânsia de encontrar respostas para o mau desempenho de seus filhos na escola, os pais recorrem cada vez mais ao termo", diz Daniela Antico, orientadora do Singular, em São Bernardo do Campo.

"Queremos ter mais condições de diferenciar a criança hiperativa da indisciplinada." Portadora do transtorno e educadora há 30 anos, a psicopedagoga Rosemeire Henriques se arrisca a dizer que muitas crianças, com níveis mais baixos do transtorno, poderiam abrir mão da medicação, recurso muito utilizado, se tivessem um acompanhamento adequado em casa e na escola. "Os alunos estão chegando para as aulas dopados", diz.

A inclusão com qualidade cresceu, mas está longe de ser ideal. Mãe de Diego, 10 anos, a executiva de vendas Débora Gomes diz que o filho sofreu preconceito nas escolas por onde passou até ser matriculado no Esil, no ano passado. "Foram quatro escolas em quatro anos", conta. "Agora, ele já não se sente mais culpado por tudo de ruim que acontece ao seu redor." Assim como o tratamento de Diego, a mudança de mentalidade dos educadores, apesar de significativa, está apenas começando.

• O que é
De origem neurobiotógiça, se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade.

Ocorrência

Estudos apontam que ele ocorre em 3% a 5% das crianças e, em mais da metade dos casos, acompanha o indivíduo na vida adulta.

• Sintomas

É caracterizado peta combinação de dois tipos de sintomas: a desatenção e a hiperatividade/impulsividade.

• Diagnóstico

Não há exames de laboratório para detectar o transtorno. Seu diagnóstico deve ser feito por um grupo de profissionais formado por neuropediatra, psicopedagogo, psicólogo e fonoaudiólogo.

• Tratamento

Costuma combinar medicamentos, orientação aos pais e professores, além de técnicas específicas ensinadas à pessoa que possui o problema. A psicotetapia indicada é a terapia cognitivo-comportamental.