Igualdade
Para que você entenda um pouquinho de como um TDAH elabora alguns conceitos e resolve os exercícios pedidos pelo professor, vou colocar o exemplo do meu filho.
O professor pediu para elaborar um texto de 20 linhas analisando algumas palavras e uma delas é igualdade.
Quer saber como ele fez o texto?
“Bom, eu acho que igualdade é uma coisa igual. Vou dar um exemplo:
Um menino estava na escola copiou tudo que seu professor escreveu na lousa e o menino copiou e outro não copiou nada.
E o menino falou
- Professor pode ir ao banheiro
E o professor falou
- Pode”
Este foi o texto que ele fez em aula. Quero expressar alguns pontos que o professor sempre deve estar atento com alunos de TDAH.
- A resposta que o TDAH escreve é algo rápido e muitas vezes estão ligadas ao que ele pensa sobre o conceito – sem a preocupação de ver se está certo ou errado.
Ex: Igualdade é uma coisa igual.
- Ele não tem paciência para analisar o que está sendo pedido, mas dá respostas ansiosas. Eles são movidos pela ansiedade de terminar rápido o exercício para mostrar aos amigos que ele também consegue terminar rápido, este processo é a tentativa de se igualar aos demais no processo de raciocínio.
Algumas vezes a sua resposta está ligada ao fato de ser muito lógica ligada ao que a palavra transmite no exato momento que ele lê. O exercício de ligar a palavra aos diversos conceitos relacionados ao mundo ou ao assunto que o professor está dando em aula é algo difícil. Desta forma ele faz uma aliança no que é mais lógico – ao conceito que a palavra expressa no momento.
Se terminar mais rápido do que os alunos, ele tenta mostrar que também pensa e produz como os outros. Mesmo que suas respostas não estejam corretas.
Quando ele tenta elaborar uma resposta mais trabalhada, acontece o que vimos no texto: Ex: O menino pedir para ir ao banheiro com o conceito de igualdade.
Mas nós podemos ver um processo de ligação do que ele tem como conceito do que o professor deixa em aula - os alunos que podem ir ao banheiro – Quem faz a lição pode ir ao banheiro o outro não.
Quem faz a sua lição tem o direito de ir ao banheiro.
- O texto tem alguns pontos que não estão ligados de modo coerente em relação ao pedido, mas pode ser que ele está ligado ao que chama atenção do aluno no momento.
- Muitos até começam escrever algo dentro do pedido, mas ao longo dos minutos ele esquece o seu objetivo e escreve o que vem a cabeça.
Isto demonstra a capacidade de concentração o TDAH.
Imagine como ele sofre quando necessita fazer as provas sem qualquer ajuda para compreender o que está sendo pedido e para não sair do objetivo do que está sendo pedido.
É claro que existem professores e coordenadores que não acreditam nisso, acham que eles são criadores e realizadores de atos indisciplinado. Estes são os pedagogos despreparados e que não estão dispostos a reciclar os seus conhecimentos.
Estes pedagogos são aqueles que não conseguem fazer com que o aluno tenha um processo de produção e crescimento – mas faz o aluno com dificuldades cognitivas a ter raiva do mundo pedagógico.
Sempre vão existir pedagogos que acreditam que são deuses e não precisam entender a cabeça das crianças. Eles acreditam que as crianças é que devem entender mesmo tendo problemas pedagógicos.
É nesse momento que eu lembro o que Jesus disse: Amar o próximo como a ti mesmo.
Isto é: Se colocar na pele destas crianças e entender como a cabeça deles trabalham para que possa achar um caminho coerente diante das suas dificuldades.
Você já pensou se todos os seres humanos amassem o próximo como gostariam de ser amados.
Pense nisso.
2 comentários:
Boa tarde Alexandre, gostei muito de seu site.Sou mestranda em educação e estou fazendo um trabalho sobre "Dificuldades de socialização de criancas hiperativas". Eu estou com dificuldades de encontrar, pesquisas empiricas sobre o tema.Poderia me ajudar? onde eu encontro pesquisas sobre hiperatividade?
Aguardo sua resposta,meu email e danimar114@hotmail.com.
Att, Daniela Marques
Olá Alexandre.
Gostei do seu blog.
Sou um adulto DDA (hoje TDAH) e acho muito importante a inciativa de mostrar que nós somos diferentes apenas num mundo pasteurizado.
Postei minha experiência pessoal com o TDAH se interessar.
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