segunda-feira, 19 de abril de 2010

Coordenadores despreparados podem ser nocivos a vida de um TDAH

Por Alexandre Farias

Lendo o artigo abaixo sobre o caso do aluno de TDAH, eu começo a ter certeza de que muitos educadores e coordenadores estão longe de atuar na educação como ela merece.

Falta muito preparo, atenção, vontade e acredito que alguns acham que podem falar para o aluno o que quer e não quer. Engano do educador!

Não generalizo, alguns são atenciosos e sabem lidar com alunos que precisam do seu amor e carinho, mas outros preferem dar patadas e coices.

Lembro que meu filho sempre amava uma coordenadora chamada Adriana, que entendia e sabia quanto uma criança com TDAH sofre com suas impulsividades e falta de atenção. Ele chegou a ter um relacionamento ótimo por alguns anos com esta maravilhosa coordenadora a ponto de chamá-la de mãe e ela de Filho.

Quando saiu da escola e foi para outra que está, ele chorou por sua falta, mas tive que fazer esta troca devido a escola ser puxada demais. Para ele, o estudo estava sendo difícil demais por ter que estudar muito para as provas.

Mas como existem bons educadores, existem outros que acham que são Deuses.

Existe sempre aquele coordenador que não acredita que a criança tem Tdah e nem procura saber o que é, quais são e como são os efeitos de uma criança com transtorno de déficit de atenção.

Também, pra que? Não são eles que tem dificuldade, o dinheiro todo mês cai na conta e se dedicar um pouco para entender os transtornos de déficit de atenção é muita areia para o seu caminhãozinho.


Alguns tem seus cargos como vitalícios em algumas escolas e pensam que não correm o risco de perdê-los pela irresponsabilidade de não saber lidar com uma criança que não pediu para ser desta forma.

Talvez queiram ser ou são mal educados com estas crianças por saber que não vão dar conta do recado e não vão conseguir educar a criança com TDAH.

Ela(e) precisa jogar a sua falta de capacidade em alguém – e ai vai na criança. Incompetência pura!

Muitas vezes, situações como estas me faz desacreditar na pedagogia que mais parece em algumas escolas uma ditadura; as crianças não tem direito nenhum, não são ouvidas e apenas recebem broncas e falta de respeito de quem deveria amá-las.

As crianças precisam estar prontas para lidar com a ignorância dos coordenadores despreparados e ultrapassados.

Eu também sou um pai de uma criança com TDAH; eu sei que alguns coordenadores são totalmente hipócritas e despreparados pedagogicamente, sem falar de atitudes que merecem o desprezo do aluno do que a sua atenção.

Já tive o desprazer de escutar do meu filho que a sua coordenadora disse para ele na frente dos seus amigos de classe que TDAH não é problema, mas falta de educação. Se fosse falta de educação, ele ainda está em tempo para ser corrigido, mas ela já não tem mais idade para isso.

Falta de educação é o despreparo pedagógico por fazer o que não se pode fazer.

O grande problema é saber o que é falta de educação e TDAH. Pelo que percebi, a falta de despreparo pedagógico é o problema da coordenadora.

Não se fala do que não se conhece, não se fala do que não está preparada, não se trata um aluno desta forma – com ou sem TDAH – não é correto esta atitude e muito menos cristã.

Jesus nos disse que deveríamos amar o próximo como a ti mesmo e não matar o próximo.

Estas atitudes matam a vontade de ir para escola, matam a capacidade de uma criança com transtorno que busca em sua alma o interesse nas matérias, isso mata a educação!

O grande problema é que isso pode ser considerado preconceito – conceito pré-concebido sem conhecimento do assunto. Isso é crime!

Se o aluno é considerado um aluno de inclusão, seria o TDAH uma falta de educação?

Pelo projeto (PLS 402/08), o poder público deve manter programa de diagnóstico e de tratamento de estudantes da educação básica com essas duas disfunções, por meio de uma equipe multidisciplinar, com a participação de educadores, psicólogos, psicopedagogos e médicos, entre outros profissionais.

O projeto também assegura às crianças com dislexia e TDAH o acesso aos recursos didáticos adequados ao desenvolvimento da aprendizagem, bem como estabelece que o Poder Público garanta aos professores da educação básica cursos sobre o diagnóstico e o tratamento desses dois transtornos, de forma a facilitar o trabalho da equipe multidisciplinar.

O projeto original previa somente o diagnóstico e o tratamento da dislexia nas escolas. Segundo o parlamentar, as crianças com esse tipo de transtorno não recebem, atualmente, atendimento específico e especializado nas escolas públicas brasileiras. – A criança com dislexia, devido às suas dificuldades de acompanhar o processo de aprendizagem dos demais alunos, tende a sentir-se frustrada e, pelo menos uma parte delas, pode desenvolver problemas emocionais e comportamentos anti-sociais, como excessiva agressividade ou retraimento - afirma Camata.

A matéria já foi aprovada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Na CE, a relatora, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), incluiu o transtorno do déficit de atenção no projeto, ao justificar que, assim como a dislexia, o TDAH também ocasiona dificuldades na escola, tanto na aprendizagem quanto no relacionamento social. - Cabe ressaltar que o TDAH é reconhecido oficialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, em alguns países, seus portadores são protegidos pela lei, no que diz respeito a tratamento diferenciado na escola - justifica a senadora.

Agora que já foi citada a lei que fornece ao aluno com TDAH uma proteção diante da justiça, será que ser desprezado e humilhado diante dos colegas não acarreta outros problemas mais sérios que a Ritalina não vai resolver?

Um educador deveria ter no mínimo um preparo para chamar a atenção de uma criança, será que ele não sabe que isso pode causar um processo pelos direitos da criança e adolescente e baseados nas leis que protegem o portador de TDAH que é considerado um aluno de inclusão?

Chamar a atenção é uma coisa, outra é querer ridicularizar a criança na frente dos colegas de classe.

Não estou defendendo que a criança possa fazer o que quiser, mas é necessário saber como fazer isso sem prejudicar o seu processo educativo.

Mas isso é um reflexo do preparo de alguns educadores.

Dizer é muito fácil, responder pelos seus atos diante da justiça é que pode ser difícil.

Lute pelo seu filho, não deixe que nenhum educador possa fazer do seu filho um boneco manipulado pelo seu ego.

O Narcisismo também é um pecado que leva o educador a ruína.

6 comentários:

Anônimo disse...

Gostei muito do Blog, é muito informativo e em cada comentário vejo que meu filho . Venho lutando , sem querer aceitar que ele é hiperativo.Não aceitei tratá-lo com Ritalina quando era menor e hoje a situação é outra, pois ele é um adolescente.

Anônimo disse...

Meu filho, foi tratado com ritalina desde a 1a. série escolar. Não era do tipo agitado, só mundo da lua. Tomava o remédio só no período da aula, as tarefas em casa eram um tormento de tão demoradas sem a ajuda da ritalina, mas insistimos e funcionou muito bem. Deixou o rémedio por conta própria a uns 2 ou 3 anos. Hoje esta com 16 anos e sempre esteve entre os melhores da classe. Teve acompanhamento psicológico e nós (pais) sempre estivemos muito presentes na vida escolar dele. Mas sempre fizemos questão que ele soubesse exatamente o que é o transtorno e que ele deveria encontrar meios de superar as dificuldades, pois o mundo não é inclusivo. Parece que deu certo!
Um abraço

Rosilene disse...

Meu filho hoje está com 6 anos,a vida ñ tem sido divertida nem alegre até aqui.eu e meus pais hoje falecidos já observamos a diferença nele logo.Ele ainda tinha meses,5 pra 6 mas ou menos era agressivo com outras crianças,ñ sentava para brincar,quebrava tudo que dávamos à ele lutava para ñ dormir cedo e mesmo que dormisse tarde acordava muito sedo.erá um desgaste total para mim fiquem doente com isso.ñ tinha recursos para médicos particular,procurei logo o que tinha e eles me diziam ironicamente

Rosilene disse...

Você é mãe de primeira viagem,ele é só um bebê: Eu sabia que ele era só um bebê mas aos 28 anos já tinha cuidado de muitas crianças,tanto da família como no trabalho,e nunca vi a quilo em minha vida;eu parecia louca pros médicos que sendo de rede pública ñ tinham muita paciência para ouvir meus relatos.Ele foi crescendo e guando aos 3 anos foi para escolinha(PRIMEIRO PERILDO)Aí começou à batalha;não queriam ficar com ele de jeito nenhum,lutei e consegui o direito dele de estudar,pois ele chorava muito por seus coleguinhas irem e ele ñ.Ele gosta até hoje de ir ao colégio mas tem todas as dificuldades que uma mãe ñ gostaria que seu filho tivesse.Consegui trata-lo assim que foi para o colégio,nisso eles me ajudaram relatando como a criança era e o que fazia,aí deixou de ser só uma mãe de primeira viagem e se tornou fato que ñ mais poderia ser negligenciado.Hoje aos 6 anos ele já é outra criança,ñ agride mas sem motivo algum,adora dialogar perguntar é muito inteligente no que se propõe a fazer.está indo para primeira sere(segundo ano),não sabe ler nada não escreve, as professoras me cobram é horrivel,ele chora comigo em casa dizendo que quer aprender mas a tia ñ entende ele,que ñ quer fazer certas coisas mas quando faz: -eu pedi desculpas mãe.no bairro em que moramos ele é rejeitado não só por alguns pais como por crianças também,que já fizeram o seu esteriótipo de quando ele era difícil de se socializar.É muito doido viver assim com uma criança que diz chorando pra mim,eu só quero amigo mãe,por que eles ñ gostam de mim o que eu fiz.E eu algumas vezes chorando digo nada filho as pessoas são assim,brinca sozinho eu brinco contigo.-mãe vc ñ joga bola!vc ñ solta pipa, eu quero brincar de bola de gude vc ñ sabe!Eu começo a rir, é verdade filho,e vivo crendo que a manhã sera melhor do que hoje foi.EU GOSTEI MUITO DO SEU BLOG QUE JESUS O ABENÇOE E QUE AS NOSSAS VIDAS SIRVAM DE AJUDA PARA OUTRAS PESSOAS....NÃO É FÁCIL MAIS COM FÉ E PERCEVERÂNCIA É POSSÍVEL CRIARMOS NOSSOS FILHOS NUMA SOCIEDADE TÃO PRECONCEITUOSA, MAIS TORNA-LOS PESSOAS DE BEM E ALGUÉM QUE POSSA AJUDAR OUTROS NO FUTURO.

Cláudia Locatelli disse...

HÁ 6 ANOS PASSO POR MÉDICOS QUE PARECIAM NÃO ENTENDER SOBRE O QUE EU ESTAVA FALANDO. ATÉ QUE GRAÇAS A DEUS LEVEI EM UM PSIQUIATRA EXCELENTE QUE DIAGNOSTICOU MEU FILHO DE 10 ANOS TDAH. SOFRI MUITO COM PROFESSORES QUE SÓ RECLAMAVAM MAS NÃO COLABORAVAM. HÁ DOIS MESES ESTA TOMANDO A RITALINA E MUDOU MUUUUUUITO. SOU PROFESSORA TAMBÉM, TENHO NA MINHA SALA CRIANÇAS INCLUSIVAS E CUIDO COM MUITO AMOR E CARINHO FAZENDO, LENDO TENTANDO ENTENDER O MÁXIMO SOBRE CADA UM DELES E VIA MEU PRÓPRIO FILHO NÃO SENDO ENTENDIDO. HOJE TENHO O DIAGNÓSTICO E HA UM MÊS NÃO TENHO RECLAMAÇÃO DA ESCOLA. NÃO SEI SE É PORQUE ELE REALMENTE MELHOROU OU QUE AGORA A ESCOLA TEM O DIAGNÓSTICO E SABEM QUE MÃE É MÃE E PELO MEU FILHO AGORA MAIS AINDA LUTAREI E FAREI O POSSÍVEL E IMPOSSÍVEL PARA MELHORAR SUA QUALIDADE DE VIDA. OBRIGADA POR CRIAR ESSE BLOG QUE AJUDA TANTOS PAIS.

Clarissa Brito disse...

Postei no meu face com seus devidos créditos, muito bom!!!!!!