segunda-feira, 22 de março de 2010

Você já foi cobrado por algo que você não consegue fazer?

Eu não consigo ficar parado por muito tempo, parece que é a aula nunca acaba!

Eu não consigo prestar atenção na aula, às vezes eu apronto, mas os meus professores querem que eu fique quieto todo tempo. mas não dá!

Eu tento às vezes eu faço as coisas e depois que eu fiz, eu me arrependo, mas parece que eu faço sem pensar no que vai dar errado.

AI, na minha agenda vem um papelzinho verde que alguns professores mandam para o meu pai dizendo que eu não presto atenção, que eu não consigo parar no lugar, que eu me distraio facilmente... depois o médico diz que sou eu que tenho TDAH!

Será que os meus professores não me entendeis? Será que eles sabem o que é querer prestar atenção e não conseguir? Será que eles sabem que eu quero obedecer, mas às vezes eu não consigo!

Agora eu comecei tomar o remédio, mas eu não gosto porque parece que eu estou amarrado, parece que alguma coisa me segura. Não é fácil, mas eu vou conseguir.

Ainda bem que no futebol eu consigo fazer muitos gols, também, eu não preciso ficar sentado por horas e horas...

Tchau pessoal.

Um comentário:

Dr. Paulo Pereira disse...

O Déficit de atenção, com ou sem hiperatividade, é uma das doenças mais subdiagnosticadas da psiquiatria.

Inúmeras pessoas sofrem com os seus sintomas diariamente e, por ser uma doença tão sutil, chegam mesmo a passar décadas, senão a vida inteira, sem um diagnóstico preciso firmado...

Além disso, justamente por tratar-se de uma doença sutil e de difícel diagnóstico, muitos pacientes se perguntam se realmente têm a doença, muitas vezes até saindo de uma consulta sem a resposta bem definida.

O que se observa frequentemente é um paciente que passa a alternar entre vários médicos e psiquiatras durante alguns anos até conseguir encontrar um especialista não só em psiquiatria infantil, mas em TDA/H, ainda desconhecida ou mal - interpretada por vários profissionais.

A pessoa passa a vida inteira ou grande parte dela com sintomas sutis, como por exemplo dificuldades frequentes na escola ( Grande dificuldade todo ano para passar nas provas finais), impulsividade latente ( Dificuldades para enfrentar filas esperar sua vez, sempre comendo ou andando com rapidez excessiva) ou perda de objetos como carteira, celular, etc. Até que descubra, tardiamente, tratar-se de transtorno com diagnóstico e tratamento estabelecido.

Muitas vezes, os pais, por não saberem tratar-se de uma doença, passam ajudar o paciente a estudar, como tutores, ou que melhora parcialmente o valor das notas tiradas, mais ainda não é o tratamento completo de que ele necessita.

O Fluxo intenso do pensamento, tão característico do portador do transtorno, faz com que muitos cheguem até mesmo a gritar sem uma causa estabelecida, levando a grande preocupação por parte dos pais.

Veja mais em: http://www.drpaulopereira.com/1.htm