TDAH – Algumas dicas para os pais
Programas de treinamento para pais de crianças com TDAH frequentemente começam com ampla divulgação de informação.
Existe uma grande quantidade de livros, vídeos e fitas disponíveis, com dados a respeito do transtorno em si e de estratégias efetivas, que podem ser usadas por familiares.
A lista que segue revê alguns pontos, de uma série de estratégias, que podem ajudar os pais de crianças com TDAH:
•Mandamentos
1.Reforçar o que há de melhor na criança.
2.Não estabelecer comparações entre os filhos. Cada criança apresenta um comportamento diante da mesma situação.
3.Procurar conversar sempre com a criança sobre como está se sentindo.
4.Aprender a controlar a própria impaciência.
5.Estabeleça regras e limites dentro de casa, mas tenha atenção para obedecer-lhes também.
6.Não esperar ‘’perfeição’’.
7.Não cobre resultados, cobre empenho.
8.Elogie! Não se esqueça de elogiar! O estímulo nunca é demais. A criança precisa ver que seus esforços em vencer a desatenção, controlar a ansiedade e manter o ‘’motorzinho de 220 volts’’ em baixas rotações está sendo reconhecido.
9.Manter limites claros e consistentes, relembrando-os frequentemente.
10.Use português claro e direto, de preferência falando de frente e olhando nos olhos.
11.Não exigir mais do que a criança pode dar: deve-se considerar a sua idade.
•Estudo
1.Escolher cuidadosamente a escola e a professora para que a criança possa obter sucesso no processo de ensino-aprendizagem.
2.Não sobrecarregar a criança com excesso de atividades extracurriculares.
3.O estudo deve ser do jeito que as crianças ou os adolescentes bem entenderem. Tudo deve ser tentado, mas se o resultado final não corresponder às expectativas, reavalie após algumas semanas e peça novas opções; vá tentando até chegar à situação que mais favoreça o desempenho.
4.Tenha contato próximo com os professores para acompanhar melhor o que está acontecendo na escola.
5.Todas as tarefas têm que ser subdivididas em tarefas menores que possam ser realizadas mais facilmente e em menor tempo.
•Regras do dia-a-dia
1.Dar instruções diretas e claras, uma de cada vez, em um nível que a criança possa corresponder.
2.Ensinar a criança a não interromper as suas atividades: tentar finalizar tudo aquilo que começa.
3.Estabelecer uma rotina diária clara e consistente: hora de almoço, de jantar e dever de casa, por exemplo.
4.Priorizar e focalizar o que é mais importante em determinadas situações.
5.Organizar e arrumar o ambiente como um meio de otimizar as chances para sucesso e evitar conflitos.
•Casa
1.Manter em casa um sistema de código ou sinal que seja entendido por todos os membros da família.
2.Manter o ambiente doméstico o mais harmônico e o mais organizado quanto possível.
3.Reservar um espaço arejado e bem iluminado para a realização da lição de casa.
4.O quarto não pode ser um local repleto de estímulos diferentes: um monte de brinquedo, pôsteres, etc.
•Comportamento
1.Advertir construtivamente o comportamento inadequado, esclarecendo com a criança o que seria mais apropriado e esperado dela naquele momento.
2.Usar um sistema de reforço imediato para todo o bom comportamento da criança.
3.Preparar a criança para qualquer mudança que altere a sua rotina, como festas, mudanças de escola ou de residência, etc.
4.Incentivar a criança a exercer uma atividade física regular.
5.Estimular a independência e a autonomia da criança, considerando a sua idade.
6.Estimular a criança a fazer e a manter amizades.
7.Ensinar para a criança meios de lidar com situações de conflito (pensar, raciocinar, chamar um adulto para intervir, esperar a sua vez).
•Pais
1.Ter sempre um tempo disponível para interagir com a criança.
2.Incentivar as brincadeiras com jogos e regras, pois além de ajudar a desenvolver a atenção, permitem que a criança organize-se por meio de regras e limites e, aprenda a participar, ganhando, perdendo ou mesmo empatando.
3.Quem tem TDAH pode descarregar sua “bateria” muito rapidamente. Se este for o caso, recarregue-a com mais frequência. Alguns portadores precisam de um simples cochilo durante o dia, outros de passear com o cachorro, outros de passar o fim de semana fora, outros ainda de ginástica ou futebol. Descubra como a “bateria” do seu filho é melhor recarregada.
4.Evite ficar o tempo todo dentro de casa, principalmente nos fins de semana. Programe atividades diferentes, não fique sempre fazendo a mesma coisa. Leve todos à praia, ao teatro, ao cinema, para andar no parque, enfim, seja criativo.
5.Estabeleça cronogramas, incluindo os períodos para ‘’descanso’’, brincadeiras ou simplesmente horários livres para se fazer o que quiser.
6.Nenhuma atividade que requeira concentração (estudo, deveres de casa) pode ser muito prolongada. Intercale coisas agradáveis com tarefas que demandam atenção prolongada (potencialmente desagradáveis, portanto).
7.Procure sempre perguntar o que ela quer, o que está achando das coisas. Não crie uma relação unidirecional. Obviamente, os pedidos devem ser negociados e atendidos no que for possível.
8.Use mural para afixar lembretes, listas de coisas a fazer, calendário de provas. Também coloque algumas regras que foram combinadas e promessas de prêmio quando for o caso.
9.Estimule e cobre o uso diário de uma agenda. Se ela for eletrônica, melhor ainda. As agendas devem ser consultadas diariamente.
•Lembre-se sempre
1.Procure o máximo de informações possível sobre o TDAH: leia livros, faça cursos, entre para organizações como a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (www.tdah.org.br), faça contato com outros pais para dividir experiências bem e mal sucedidas.
2.Tenha certeza do diagnóstico e segurança de que não há outros diagnósticos associados ao TDAH.
3.Tenha certeza de que o tratamento está sendo feito por um profissional que realmente entende do assunto.
4.Lembre-se que seu filho (a) está sempre tentando corresponder às expectativas, mas às vezes não consegue. Deve sempre lembrar-se aos pais que estes devem ser otimistas, pacientes e persistentes com o filho. Não devem desanimar diante dos possíveis obstáculos.
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quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Dicas da ABDA - TDAH - Algumas dicas para os pais.
Jovem com TDAH cria app para ajudar crianças com dificuldade de aprendizado
Ajudar crianças que tenham dificuldade cognitiva no processo de aprendizagem, este é o objetivo de um aplicativo desenvolvido para dispositivos móveis pela aluna Laleska Aparecida, de 18 anos, estudante do curso de engenharia de controle e automação do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Campus Manaus Distrito Industrial. O projeto está em exposição na 11⁰ Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que ocorre até domingo, 19, no pavilhão do parque Sarah Kubitscheck, em Brasília, DF.
O aplicativo, que ainda não tem nome registrado, visa ajudar crianças das séries iniciais no processo de ensino-aprendizagem. A ideia é que ele possa futuramente servir como ferramenta pedagógica ao alcance de todos os professores e redes de ensino de forma gratuita. O projeto é coordenado pelo professor Diego Sales, da área de Eletrônica do IFAM.
A motivação de tudo veio justamente de uma situação adversa, um diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que Laleska recebeu na infância, aos 8 anos de idade. A estudante afirma que ela e os pais sofreram com a falta de informação e com seu rendimento escolar muito abaixo da maioria dos colegas de classe.
“Meus Pais desconfiaram que havia algo errado, pois somente na segunda série do ensino fundamental que comecei a ler as primeiras palavras. Penso que assim como eu e minha família, milhões sofrem com a falta de orientação médica, muitos, inclusive, sem um diagnóstico clínico”, disse Laleska.
Porém, não são apenas os diagnosticados com TDAH e os familiares que sofrem com a falta de informação. Uma parcela importantes de professores das séries inicias não têm capacitação para trabalhar com esses alunos que, evidentemente, necessitam de atenção diferenciada.
“Vejo que na própria rede de ensino os professores e orientadores educacionais não são qualificados para trabalhar com um aluno que tenha dislexia. Muitas vezes esses alunos, nós, somos deixados de lado, taxados como preguiçosos, isso só nos prejudica e gera preconceito. Quero apenas que esse projeto possa ajudar muitas crianças”, destaca a jovem.
De acordo com a Associação Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH e a dislexia são situações mais recorrentes na infância, acometendo 5% das crianças, causando impactos diretos no rendimentos destes alunos, geralmente nas séries iniciais, nas relações sociais e também na família.
“A Laleska é um exemplo de dedicação e força de vontade, afinal, não se deixou abater pelo diagnóstico e conseguiu ingressar no curso técnico integrado em eletrônica do IFAM, e ao concluir o curso, ingressou no ensino superior, no curso de engenharia de controle e automação, áreas complexas e muito concorridas”, destaca o professor Gabriel Guerreiro, que acompanha a estudante na exposição do projeto na SNCT.
O aplicativo, que ainda não tem nome registrado, visa ajudar crianças das séries iniciais no processo de ensino-aprendizagem. A ideia é que ele possa futuramente servir como ferramenta pedagógica ao alcance de todos os professores e redes de ensino de forma gratuita. O projeto é coordenado pelo professor Diego Sales, da área de Eletrônica do IFAM.
A motivação de tudo veio justamente de uma situação adversa, um diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que Laleska recebeu na infância, aos 8 anos de idade. A estudante afirma que ela e os pais sofreram com a falta de informação e com seu rendimento escolar muito abaixo da maioria dos colegas de classe.
“Meus Pais desconfiaram que havia algo errado, pois somente na segunda série do ensino fundamental que comecei a ler as primeiras palavras. Penso que assim como eu e minha família, milhões sofrem com a falta de orientação médica, muitos, inclusive, sem um diagnóstico clínico”, disse Laleska.
Porém, não são apenas os diagnosticados com TDAH e os familiares que sofrem com a falta de informação. Uma parcela importantes de professores das séries inicias não têm capacitação para trabalhar com esses alunos que, evidentemente, necessitam de atenção diferenciada.
“Vejo que na própria rede de ensino os professores e orientadores educacionais não são qualificados para trabalhar com um aluno que tenha dislexia. Muitas vezes esses alunos, nós, somos deixados de lado, taxados como preguiçosos, isso só nos prejudica e gera preconceito. Quero apenas que esse projeto possa ajudar muitas crianças”, destaca a jovem.
De acordo com a Associação Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH e a dislexia são situações mais recorrentes na infância, acometendo 5% das crianças, causando impactos diretos no rendimentos destes alunos, geralmente nas séries iniciais, nas relações sociais e também na família.
“A Laleska é um exemplo de dedicação e força de vontade, afinal, não se deixou abater pelo diagnóstico e conseguiu ingressar no curso técnico integrado em eletrônica do IFAM, e ao concluir o curso, ingressou no ensino superior, no curso de engenharia de controle e automação, áreas complexas e muito concorridas”, destaca o professor Gabriel Guerreiro, que acompanha a estudante na exposição do projeto na SNCT.
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